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Presidente foi o primeiro chefe de Estado a discursar na Assembleia Geral

Camille Dornelles - 24/09/2019 11h53 | atualizado em 24/09/2019 16h09

Presidente Jair Bolsonaro na ONU Foto: EFE/Justin Lane

Nesta terça-feira (24), o presidente Jair Bolsonaro abriu os discursos de chefes de Estado na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Em sua fala, de mais de meia hora, ele enalteceu as novas políticas brasileiras e defendeu ações de seu governo.

O presidente começou agradecendo a Deus por estar vivo e depois afirmou que foi à ONU apresentar um novo Brasil, “livre das amarras do socialismo”. Como exemplo, Bolsonaro falou sobre o programa Mais Médicos.

CUBA E MAIS MÉDICOS
– A ditadura cubana trouxe ao nosso país médicos sem comprovação médica. Verdadeiro trabalho escravo. Respaldado por entidades de direitos humanos do Brasil e das Nações Unidas. No início do meu governo mudamos as regras. Assim, deixamos de contribuir com a ditadura cubana, não mais enviando para Havana 300 milhões de dólares por ano. Os que ficaram se submeterão à qualificação médica – declarou.

O presidente falou sobre acordos do PT com Cuba e também sobre o Foro de São Paulo, que chamou de “criminoso”.

– Presidente socialistas que me antecederam desviaram dinheiro para um projeto de poder. Também deram recursos para oturosm países para projetos semelhantes em toda a região. A fonte de recursos secou – atestou.

AMAZÔNIA
Direcionando-se à líder indígena Ysani Kalapalo, afirmou que o seu governo tem um “compromisso solene” com o meio ambiente e atacou, indiretamente, a França e o G7.

– É uma falácia dizer que a Amazônia é um patrimônio da humanidade e um equívoco, como atestam os cientistas, afirmar que a Amazônia, a nossa floresta, é o pulmão do mundo. Valendo-se dessas falácias um ou outro país, em vez de ajudar, embarcou nas mentiras da mídia e se portou de forma desrespeitosa e com espírito colonialista. Questionaram aquilo que nos é mais sagrado, a nossa soberania – declarou.

Bolsonaro discursa na ONU foto: EFE/EPA/JASON SZENES

INDÍGENAS
Na continuação, comentou sobre um encontro do indígena Raoni com o presidente francês Emmanuel Macron. Ele falou sobre as críticas que o nativo fez.

– A visão de um líder indígena não representa a de todos os índios brasileiros. Muitas vezes, alguns desses líderes, como o cacique Raoni, são usados como peça de manobra por governos estrangeiros na sua guerra informacional para avançar seus interesses na Amazônia – atacou.

Ele também afirmou que não irá aumentar a área de reserva indígena porque os índios não querem ser “latifundiários pobres em cima de uma terra rica”. E continuou falando sobre riquezas minerais das reservas.

ECONOMIA
O presidente da República também exaltou acordos econômicos com potências mundiais, como Estados Unidos e Japão. E também afirmou que o Brasil está no processo de adesão na OCDE.

– Em busca de prosperidade, estamos adotando políticas que nos aproximam de países que se desenvolveram e criaram prosperidade. Não há liberdade política sem liberdade econômica – afirmou.

IDEOLOGIA MARXISTA E IDEOLOGIA DE GÊNERO
No fim do discurso, Bolsonaro voltou a falar sobre o combate ao socialismo e afirmou que o país está deixando uma “ideologia de esquerda”.

– Essa ideologia invadiu a alma humana para dela expulsar Deus e a dignidade com que Ele nos revestiu. E deixou um rastro de morte, ignorância e miséria. Sou prova viva disso. Fui esfaqueado por militante de esquerda e estou vivo pela graça de Deus. Agradeço a todos vocês pela graça e glória de Deus. Muito obrigado – encerrou.

Ele também criticou a ideologia de gênero.

– A ideologia invadiu nossos lares para investir contra célula-mater de qualquer sociedade: a família. Tentam ainda destruir a inocência de nossas crianças, pervertendo até mesmo sua identidade mais básica e elementar, a biológica – apoiou.

INTOLERÂNCIA RELIGIOSA
O presidente também falou sobre a perseguição a religiosos e focou em ataques a cristãos.

– A perseguição religiosa é um flagelo que devemos combater incansavelmente. Preocupam o governo brasileiro, em particular, a crescente perseguição, a discriminação e a violência contra missionários e minorias religiosas, em diferentes regiões do mundo. Por isso, apoiamos a criação do Dia Internacional em Memória das Vítimas de Atos de Violência baseados em Religião ou Crença – disse.

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