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USP lançará teste PCR específico para variante brasileira da Covid

Espera-se descobrir a incidência real da cepa do Amazonas na população brasileira

Pleno.News - 27/02/2021 11h30

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O novo PCR é desenvolvido pelo Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo Foto: Mufid Majnun | Unsplash

O Brasil está finalizando o lançamento de um teste PCR que detectará especificamente se uma pessoa foi infectada com a nova variante do coronavírus originário do Amazonas, mais contagioso e conhecido como P.1.

O PCR é desenvolvido pelo Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (USP), e espera-se descobrir a incidência real da nova cepa na população brasileira, em um momento em que o país está sofrendo um agravamento da pandemia.

– Nossa expectativa é que até o final da próxima semana ele esteja pronto e validado, e começaremos a aplicá-lo em grande escala para ter uma ideia da prevalência do P.1 – declarou o pesquisador José Eduardo Levi, do Instituto de Medicina Tropical da USP, à Agência Efe.

O novo teste permitirá saber mais rapidamente do que com a sequência genética se um indivíduo foi ou não infectado pela variante do Amazonas, que é até três vezes mais contagiosa, segundo o Ministério da Saúde.

A variante brasileira foi detectada pela primeira vez pelas autoridades sanitárias japonesas em 9 de janeiro, após testar amostras de quatro passageiros que chegavam a Tóquio procedentes de Manaus.

Estudos preliminares indicaram que a P.1. tem mais mutações na proteína spike, que o vírus utiliza para penetrar células humanas, do que as mutações detectadas no Reino Unido e na África do Sul.

Os especialistas em epidemiologia suspeitam que a nova linhagem está por trás, entre outros fatores, da explosão de casos de Covid-19 no Amazonas, cujos hospitais entraram em colapso desde o início do ano. Também poderia ser a causa do caos hospitalar em Araraquara, no interior de São Paulo.

Levi, também virologista do laboratório DASA, destacou que na cidade do interior paulista a incidência da pandemia cresceu muito rápido em um curto período de tempo e com casos mais graves.

Das 22 amostras de Araraquara que o Instituto de Medicina Tropical da USP testou na época, 17 foram positivas para a P.1.

De acordo com dados oficiais, casos da cepa brasileira já foram detectados em 17 dos 27 estados, bem como em outros países, que optaram por suspender temporariamente os voos do Brasil para evitar que se espalhasse em seus territórios.

*EFE

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