Monique Mello - 18/04/2021 17h00 | atualizado em 19/04/2021 11h49

Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro, voltou a manifestar apoio ao nome de Eduardo Leite (PSDB-RS) a uma possível candidatura à presidência do Brasil em 2022. O prefeito, pertencente ao Democratas (DEM), chegou a oferecer seu partido para abrigar o projeto presidencial do governador do RS, caso não haja solução para a disputa interna no PSDB com João Dória, governador de São Paulo.

– Tem um dever de casa do DEM: de modernizar o partido, se colocar como uma alternativa no projeto nacional a partir de 2022 e, eventualmente, atrair o Eduardo Leite. Não tenho problema em apoiá-lo no PSDB, mas as circunstâncias dele lá não conheço – afirmou Paes em entrevista à Folha de S. Paulo.

Paes também declarou que o impeachment de Bolsonaro é “perda de tempo” e defendeu que os partidos de centro construam consensos mínimos para oferecer uma alternativa em 2022 e, assim, “vencer no voto”.

– Não acho que temos de fazer, como fizeram com a Dilma: ficar todo dia pedindo impeachment. Vamos ganhar no voto. A não ser que seja um motivo que junte o crime de responsabilidade com a dimensão política que um processo desse deve ter – disse o prefeito.

Um dos motivos do apoio a Eduardo Leite à presidência da República é o fato de Paes não querer “um CEO no comando do Brasil”.

– Chega de invencionices. A ideia é buscar dentro da política quem tem mais capacidade de representar essa adaptação entre uma visão diferente na forma de fazer política, trazendo novas práticas, modernizando a gestão, e a qualidade inerente aos políticos é construir pontes, estabelecer consensos e entender o sofrimento dos outros – afirmou Paes.

O prefeito do RJ foi só elogios ao seu homônimo do Rio Grande do Sul, ressaltando características como “capacidade de gestão e de construção de consensos e habilidade para dialogar com diferentes campos”.

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