TST eleva multa de petroleiros para R$ 2 milhões por dia
Ministra enviou autos para PF apurar se centrais cometeram crime com início da greve
Henrique Gimenes - 30/05/2018 20h53

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) atendeu o pedido do governo e aumentou, nesta quinta-feira (30), a multa das centrais sindicais que organizaram a greve dos petroleiros. A decisão da ministra Maria de Assis Calsing aumenta o valor de R$ 500 mil para R$ 2 milhões por dia.
No pedido, apresentado pela Advogada-Geral da União, Grace Mendonça, o governo queria que o valor fosse elevado para R$ 5 milhões. A decisão de proibir a greve foi dada nesta terça-feira (29), pela magistrada, que entendeu que a paralisação neste momento “beira o oportunismo”. Maria de Assis Calsing também explicou que seria potencialmente grave o dano que a paralisação da categoria dos petroleiros irá causar à população brasileira” por acontecer na mesma época que a greve dos caminhoneiros.
No entanto, os petroleiros desconsideram a decisão e seguiram com a greve mesmo, que tem previsão de durar 72 horas. Por causa disso, a ministra enviou cópias dos autos à Polícia Federal para apurar se houve crime de desobediência.
Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), a greve pretende conseguir a redução dos preços de gás de cozinha e dos combustíveis. Os petroleiros também pediram a saída de Pedro Parente da presidência da Petrobras.
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