TST aceita pedido do governo e proíbe greve de petroleiros
Paralisação iria durar 72 horas e estava marcada para esta quarta-feira
Henrique Gimenes - 29/05/2018 21h49

Marcada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) para começar nesta quarta-feira (30), a greve dos petroleiros foi proibida pela Justiça. A ministra Maria de Assis Calsing, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), atendeu a um pedido do Governo Federal e disse que a paralisação teria um “caráter político”.
A magistrada também determinou a aplicação de uma multa de R$ 500 mil ao dia caso a decisão seja descumprida. Segundo a FUP, a greve seria pela redução dos preços de gás de cozinha e dos combustíveis. Os petroleiros também pediriam a saída de Pedro Parente da presidência da Petrobras.
Em sua decisão, a ministra Maria de Assis Calsing afirmou que uma paralisação neste momento “beira o oportunismo”. Ela também explicou que “a greve anunciada revela uma categoria forte e combatente, mas, no momento, despojada de toda e qualquer sensibilidade. É potencialmente grave o dano que eventual greve da categoria dos petroleiros irá causar à população brasileira, por resultar na continuidade dos efeitos danosos causados com a paralisação dos caminhoneiros”.
No pedido apresentado pela Advocacia-Geral da União (AGU), a ministra-chefe, Grace Mendonça, argumentou que a greve dos petroleiros, combinada à dos caminhoneiros, poderia “prejudicar ainda mais a sociedade, que nos últimos dias já enfrenta um quadro de desabastecimento de combustíveis, alimentos e outros insumos”
Estimativas da AGU apontavam que o prejuízo diário para a Petrobras com greve poderia chegar a R$ 349 milhões.
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