TSE nega suspender pagamentos a canais de Bolsonaro e filhos
Pedido foi feito pela Polícia Federal
Gabriela Doria - 17/08/2021 21h01 | atualizado em 17/08/2021 21h40
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou um pedido da Polícia Federal para bloquear o pagamento a canais e redes sociais vinculadas ao presidente Jair Bolsonaro e seus filhos Flávio, Eduardo e Carlos. A solicitação da PF também pedia a suspensão da monetização de canais de apoiadores do presidente Bolsonaro.
A solicitação faz parte do inquérito aberto pelo TSE para investigar a live em que Bolsonaro levantou suspeitas sobre a lisura do processo eleitoral e a segurança das urnas.
A PF justificou o pedido afirmando que as páginas de Bolsonaro e seus filhos serviram para propagar conteúdo contra as urnas eletrônicas. Segundo a corporação, as páginas atuam em um processo de “dupla sustentação”, no qual os canais “que repercutem as insinuações ganham com o número de visualizações geradoras da monetização” e, por outro lado, a mensagem faz as páginas se fortalecerem “pela multiplicidade de canais que reiteram a mensagem”.
Em sua decisão, o corregedor-geral do TSE, Luis Felipe Salomão, negou a solicitação em relação a Bolsonaro, seus filhos e outras autoridades públicas, como a deputada Bia Kicis (PSL-DF), Carla Zambelli (PSL-SP) e Daniel Silveira (PSL-RJ).
Salomão sustentou que os políticos citados usam suas redes sociais como “instrumentos relacionados ao exercício de suas funções”.
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