TRF4 mantém bloqueio a bens de Aldemir Bendine
Ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil é acusado de ter recebido R$ 3 milhões em propina da Odebrecht
Henrique Gimenes - 05/12/2017 15h56

A 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) decidiu, nesta terça-fera (5), manter bloqueados os bens do ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil, Aldemir Bendine. Atualmente ele se encontra preso, após a a fase 42 da operação Lava Jato em julho.
Aldemir Bendine é acusado de ter recebido R$ 3 milhões em propina da Odebrecht em 2015. Ele teve cerca de R$ 4 milhões bloqueados, em contas e investimentos bancários, pelo juiz federa Sérgio Moro.
Os advogados de defesa de Bendine já haviam entrado com uma apelação na Corte no final de agosto, mas foi negada pelo relator do caso, desembargador federal João Pedro Gebran Neto. Nesta terça, o mérito do pedido foi negado por unanimidade.
Segundo a defesa, somente bens de origem ilícita do ex-presidente da Petrobras poderiam ser bloqueados, já que “os valores confiscados tiveram sua origem lícita comprovada”. Os advogados também afirmam que faltam “elementos indiciários” de que a Odebrecht teria repassado os valores a Aldemir Bendine.
Segundo o relator do caso, além dos acordos de delação de executivos da Odebrecht, há ainda anotações em agendas de Marcelo Odebrecht para confirmar as acusações.
Segundo as investigações, Bendine teria pedido inicialmente R$ 17 milhões para a Odebrecht enquanto ocupava o cargo de presidente do Banco do Brasil, o que foi negado. Ao assumir o cargo de presidente da Petrobras, ele teria solicitado novo valor, dessa vez aceito. O pagamento foi feito em três repasses de R$ 1 milhão por meio de uma empresa laranja.
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