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Justiça condena pai e madrasta que deixaram criança em barril

Caso foi descoberto em janeiro do ano passado, em Campinas

Gabriela Doria - 03/02/2022 18h59 | atualizado em 04/02/2022 11h50

Trio é condenado por manter menino em barril Foto: Reprodução

Três pessoas foram condenadas pela Justiça de São Paulo a oito anos de prisão por torturar um menino encontrado dentro de um barril, em janeiro do ano passado, em Campinas, no interior de São Paulo. O trio terá que cumprir a pena em regime fechado.

A decisão foi dada pela 1ª Vara Criminal de Campinas ainda em dezembro, mas só agora foi divulgada.

Foram condenados o pai do menino, auxiliar de serviços gerais de 31 anos; a madrasta, faxineira de 39; e a filha da madrasta, vendedora de 22 anos. Eles moravam juntos na casa e foram sentenciados pelos crimes de tortura contra criança, mediante sequestro e de forma continuada. Um dos agravantes foi o fato de o crime ter sido cometido durante a pandemia de Covid-19. O pai também foi condenado a mais 15 dias em regime aberto por abandono intelectual, já que o filho não ia para a escola.

Eles não tiveram os nomes divulgados.

A juíza Patrícia Suarez Pae Kim considerou que o pai e a madrasta da vítima agiam com “requintes de crueldade” sob a justificativa de educar a criança.

Vizinhos também desmentiram a versão de que o menino foi colocado dentro do barril apenas uma vez.

– Já seria absurdo que uma criança fosse acorrentada pelas mãos e pelos pés, dentro de um tambor, sob o sol quente, mesmo que fosse uma vez apenas – explicou a juíza na decisão.

O trio está preso desde janeiro do ano passado, quando o caso foi descoberto. Não há recurso para cumprir a pena em liberdade, mas eles podem recorrer da condenação.

O CASO
Em 30 de janeiro do ano passado, a Polícia Militar recebeu a denúncia de que um menino, à época com 11 anos, foi colocado dentro de um tambor, em uma espécie de sobrado, no Jardim Itatiaia, na periferia de Campinas.

Vizinhos relataram que o garoto era alimentado com cascas de banana e fubá seco. Ele vivia acorrentado pelas mãos e pés e fazia as necessidades dentro do barril.

Em depoimento, o menino afirmou ter sido colocado dentro do tambor ainda antes da virada do ano de 2021.

Uma perícia realizada na casa indicou que a residência tinha condições plenas para manter uma criança saudável, o que caracterizou o crime como tortura física e psicológica.

Revoltados com a situação, vizinhos invadiram a casa no dia seguinte ao resgate e destruíram o local.

Por se tratar de um caso envolvendo uma criança, o Ministério Público mantém sigilo sobre a atual condição do menino, bem como seu estado de saúde.

Segundo o site Uol, a criança foi levada para uma casa-abrigo em Campinas, onde recebeu atendimento psicológico e social.

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