Travesti é enterrada como homem e LGBTs se revoltam
Família velou parente com terno e bigode feito a lápis
Gabriela Doria - 13/10/2021 18h09 | atualizado em 14/10/2021 11h42
Representantes do movimento LGBT da cidade de Aracaju usaram as redes sociais para ‘denunciar’ que uma travesti foi enterrada pela família como homem. Conhecida como Lana, a falecida foi velada usando um terno e um bigode – o que causou grande revolta em ativistas LGBTs.
Nas redes sociais, a vereadora trans Linda Brasil (PSOL-SE) afirmou que o ocorrido é “um crime”.
– Estou indignada! Acabei de saber que uma travesti faleceu e que, no velório, a família vestiu nela um paletó, gravata e fizeram barba e cavanhaque a lápis. Isso é um crime! Não é porque é da família que há legitimidade para praticar transfobia deliberadamente. #TransfobiaÉCrime – escreveu a parlamentar.
A ativista trans Jéssica Taylor, da ONG LGBT Transunides, acusou a família de abandonar e desrespeitar Lana.
– Lana foi desrespeitada pela família, que colocou até um bigode nela e a enterrou de terno, indo contra a sua identidade de gênero. A família não aceitava a orientação sexual dela. Eu achei uma violência. Só quem é trans sabe o que já passou até conseguir assumir a identidade. Nem na grande despedida, que é a morte, ela foi respeitada. Lana morreu de tristeza – declarou.
A família da travesti não se pronunciou sobre o ocorrido. Também não há informações sobre as circunstâncias da morte da travesti.
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