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Trans Suzi Oliveira “limpa a barra” da Globo em carta. Leia!

Detento foi condenado por estuprar, matar e ocultar o cadáver de um menino

Gabriela Doria - 09/03/2020 19h31 | atualizado em 09/03/2020 20h57

Após a população descobrir o crime hediondo que cometeu e a posterior onda de boicote à TV Globo, o detento transexual Suzi Oliveira, entrevistado por Drauzio Varella, no Fantástico, divulgou uma carta em que tenta “limpar a barra” da emissora. A TV Globo foi duramente criticada depois que foi descoberto que Suzi, que disse estar sem visitas há oito anos, estuprou e matou com requintes de crueldade um menino de 9 anos, além da já ter abusado de outras crianças.

Na carta, o condenado, cujo nome de batismo é Rafael Tadeu Oliveira, afirma que a emissora não questionou o crime que ele havia cometido antes de participar da reportagem.

– Eu, Suzi Oliveira, ‘Rafael Tadeu’, venho dizer que na entrevista ao jornal Fantástico não me foi perguntado nada referente ao B.O. [boletim de ocorrência]. Eu sei que eu errei, e muito, nenhum momento tentei passar como inocente e desde aquele dia me arrependi verdadeiramente. Hoje eu estou aqui pagando por tudo que eu cometi. Errei sim e estou pagando cada dia, cada hora e cada minuto aqui, neste lugar. Antes não tive essa oportunidade, agora eu estou tendo, apenas quero pedir perdão pelo meu erro no passado. Rafael Tadeu/Suzi Oliveira – escreveu.

Carta escrita por Suzi Oliveira isentando a TV Globo Foto: Reprodução

Ainda neste domingo (8), o Fantástico se pronunciou e manteve sua posição sobre a entrevista.

Em seu comunicado, os apresentadores Tadeu Schmidt e Poliana Abritta se limitaram a ler a nota de esclarecimento publicada por Drauzio Varella nas redes sociais. O médico disse que não procura perguntar os crimes cometidos por seus pacientes e disse que não é juiz.

Poliana disse que “o quadro gerou empatia, mas também críticas”. Já Tadeu explicou que os crimes das entrevistadas não foram mencionados porque “esse não era o objetivo”.

CRIME BÁRBARO
Rafael foi preso por estuprar e estrangular Fábio dos Santos Lemos, de 9 anos, em maio de 2010. O corpo do menino foi deixado para apodrecer em uma sala. Suzi forçou o menor a fazer sexo oral e anal e, dois dias depois, ele largou o corpo próximo à casa da família e os avisou sobre os restos mortais da criança.

De acordo com a uma tia do acusado, Suzi também abusou de uma criança de 3 anos e tentou estuprar o próprio sobrinho de 5. Em outra ocasião, ele estuprou uma criança ao invadir sua casa para roubar.

A revelação gerou revolta na internet, visto que muitos acreditaram que Suzi foi abandonado pela família pelo fato de ser transexual. Internautas chegaram a se mobilizar para enviar cartas ao preso. A verdadeira causa de sua prisão fez com o que seu nome figurasse entre os assuntos mais comentados na internet.

Parlamentares também se manifestaram sobre a história. O deputado federal Carlos Jordy cobrou explicações por parte do Fantástico e sugeriu subirem a tag #FantasticoReveleSuzy. Acompanhando o presidente Jair Bolsonaro em sua viagem aos Estados Unidos, o deputado Eduardo Bolsonaro acusou a Rede Globo de fazer “campanha para louvar um detento” e disse que tal postura é abominável.

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