Tiro fatal atingiu ombro de PM da Rota, que estava de colete
Ângulo permitiu que bala chegasse ao peito do agente
Monique Mello - 31/07/2023 18h09 | atualizado em 31/07/2023 20h24

De acordo com o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, o PM Reis, morto na última quinta-feira (27), utilizava colete a prova de balas quando foi atingido, mas a bala penetrou em seu ombro por um ângulo em que foi possível chegar até o peito.
Derrite disse que não foi apreendida ainda a arma que realizou o disparo contra o policial da Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota). Segundo o secretário, a perícia mostrou que seria uma pistola de calibre de 9 milímetros.
Entre as oito pessoas mortas na operação deste fim de semana, quatro já foram identificadas e têm passagens pela polícia, segundo o governo do estado. Os outros quatro continuam em processo de identificação.

Questionado, Derrite justificou as mortes dizendo que a violência parte dos criminosos e a polícia reage de maneira proporcional a ela. O secretário garante que serão investigadas as imagens das câmeras das fardas dos PMs que participaram da operação para averiguar se houve excessos. A Secretaria, no entanto, entende que as denúncias de tortura e excesso de força policial não passam de “narrativas”.
As informações foram divulgadas em coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (31), com Derrite e Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo.
Erickson David da Silva, autor do disparo e conhecido como “sniper do tráfico”, foi preso na noite deste domingo (30). Ele passou a ser chamado desta forma, pois os disparos contra os policiais foram feitos a até 70 metros de distância.
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