Temer será ouvido pela PGR em inquérito dos portos
Autorização foi dada pelo ministro do STF, Luís Roberto Barroso
Henrique Gimenes - 05/10/2017 21h50 | atualizado em 06/10/2017 10h52

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou, nesta quinta-feira (5), que o presidente Michel Temer seja ouvido em inquérito para apurar irregularidades na edição de decreto que mudou regras do setor portuário. O pedido foi feito pela Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, na segunda-feira (2).
Em sua decisão, o ministro Barroso afirmou que Temer poderá ser ouvido por escrito. “Assim, mesmo figurando o senhor presidente na condição de investigado em inquérito policial, seja-lhe facultado indicar data e local onde queira ser ouvido pela autoridade policial, bem como informar se prefere encaminhar por escrito sua manifestação, assegurado, ainda, seu direito constitucional de se manter em silêncio” determinou.
Segundo a Procuradoria-Geral da República, há indícios de que Michel Temer teria cometido crimes de corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro na edição do decreto com regras do setor de portos. A empresa Rodrimar, que atua no porto de Santos, teria sido a beneficiada. O ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), flagrado pela polícia com uma mala contendo R$ 500 mil, também será investigado. O inquérito havia sido autorizado também pelo ministro Barroso no dia 12 de setembro.
Além de Temer, outras oito pessoas também serão ouvidas, entre elas o ex-deputado Rocha Loures. O ministro também atendeu pedido feito por Dodge e concedeu mais 60 dias de prazo para a conclusão das investigações.
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