Tarcísio é criticado por defender passaporte vacinal e se justifica
Ministro da Infraestrutura afirma permanecer contra o lockdown e a obrigatoriedade de vacinação
Monique Mello - 29/11/2021 12h44 | atualizado em 29/11/2021 13h25

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, disse que é contra o lockdown e a obrigatoriedade de vacinação. A declaração ocorreu em resposta a um internauta que fez um questionamento sobre o tema, em uma publicação do ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, neste domingo (28).
– Vou convidar o amigo @tarcisiogdf a São Paulo para conversar mais com as pessoas de bem em todo o nosso valoroso estado, onde se valoriza a família, a seriedade e o trabalho! Quem vem junto ? – escreveu Salles.
– Mas, olha, acho que seria ótimo conversar como ele sobre o posicionamento dele sobre a vacinação obrigatória. Ele deu uma declaração hoje que foi bola fora e seria bom revisar isso. Eu acredito que qualquer um pode mudar, mas depende dele – reclamou um internauta.
O tom crítico se deve ao fato de o ministro Tarcísio ter se posicionado a favor do passaporte vacinal, mas apenas para turistas vindos de fora do Brasil. Ele se justificou dizendo permanecer contra o lockdown e a obrigatoriedade de vacinação. No entanto, para ele, é mais válido cobrar a vacinação de estrangeiros do que suspender voos internacionais com destino ao Brasil. A avaliação está diretamente ligada ao surgimento da variante Ômicron na África do Sul.
– Sou contra lockdown e obrigatoriedade de vacinação. Apenas defendi que melhor do que falar em fechamento de fronteiras para voos internacionais seria cobrar a vacinação dos estrangeiros que chegam ao Brasil. Seria uma forma de manter os voos – declarou Tarcísio.
Um outro internauta voltou a questionar o ministro, dizendo que não o compreendeu.
– Não entendi… é contra a vacinação obrigatória, mas é a favor de exigir vacinação? Ou você é contra, ou a favor.
– Dei uma opinião de que, para voos internacionais, melhor do que fechar fronteira, o que extinguirá voos, era melhor cobrar vacina dos estrangeiros ou adotar medidas de controle sanitário. O governo resolveu fechar as fronteiras com países em que a nova variante apareceu – explicou Tarcísio.