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Tarcísio descarta greve de caminhoneiros: “Chance zero”

Ministro ainda afirmou que a paralisação de motoristas é convocada por "meia dúzia de lideranças"

Gabriela Doria - 26/10/2021 18h42 | atualizado em 27/10/2021 12h51

Ministro Tarcísio de Freitas criticou convocação de greve Foto: Agência Senado/Pedro França

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, descartou a possibilidade de uma greve de caminhoneiros de grandes proporções. Em discurso durante uma palestra na semana passada, Tarcísio afirmou que a mobilização de motoristas, marcada o próximo dia 1º, foi convocada por “meia dúzia de lideranças” que teriam o costume de “chamar greves” frequentemente.

– São meia dúzia de líderes que toda hora chamam greve; a cada duas semanas, os caras chamam greve. E eles tentam aproveitar o que aconteceu em 2018, mas o que aconteceu em 2018 não vai acontecer tão cedo. A turma que financiou 2018 tá fora. Então esse é nosso único desafio: não deixar bloquear rodovia. Se não deixar bloquear rodovia, com o excesso de oferta [de caminhões] que nós temos, se meia dúzia de caras pararem de trabalhar, qual vai ser o efeito pra nós, em termos de mercado? Zero, nenhum. Então, qual a possibilidade de ter greve como em 2018? Zero, nenhuma, não vai ter. Ficam tentando chamar greve pela imprensa, mas não vai ter greve – disparou o ministro.

Para Tarcísio, não há apoio à greve por parte das empresas de transporte que dominam o setor.

– Mais de dois terços do transporte estão na mão das empresas de transporte; [os motoristas] não são autônomos – apontou.

Ainda segundo o ministro, as notícias sobre uma greve iminente são insufladas pela mídia.

– Não podemos deixar bloquear rodovias. Esse é nosso desafio. Se meia dúzia parar, o efeito é zero. […] Eles chamam greve, e a imprensa morde a isca. Para a imprensa, quanto pior melhor porque não gosta do governo – afirmou Tarcísio.

Em nota, o Ministério da Infraestrutura comentou o discurso do chefe da pasta.

“O Ministério da Infraestrutura esclarece que o ministro Tarcísio reafirmou, em palestra na Paving Export, na última semana, o seu posicionamento público em referência às ações setoriais adotadas pela pasta; a total abertura para o diálogo com todas as entidades que demonstraram interesse em fazer parte da formulação da política pública; o posicionamento de não negociar com qualquer indicativo de paralisação ou locaute; e sua opinião, de amplo conhecimento de todo o setor, sobre temas de interesse, como a tabela de frete e a necessidade de estimular a economia para fortalecer o mercado do transporte rodoviário de cargas. Diminuir o Custo Brasil significa baratear os custos com frete para toda a cadeia logística, incluindo os caminhoneiros.”

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