Gabriela Doria - 15/04/2019 16h51 | atualizado em 15/04/2019 18h05

O Supremo Tribunal Federal se tornou alvo de críticas nesta segunda-feira (15) depois de impedir a veiculação de uma reportagem sobre o ministro Dias Toffoli, presidente da Corte. A decisão foi do magistrado Alexandre de Moraes, que ordenou que a revista digital Crusoé retirasse “imediatamente” do ar uma matéria que vinculava Dias Toffoli a uma planilha de propinas da construtora Odebrecht.

No Twitter, internautas usaram a hashtag #DitaToga para criticar o caráter autoritário da decisão. O assunto é um dos mais comentados na plataforma nesta segunda.

Já veículos de imprensa, como Folha de S. Paulo, O Globo, O Estado de S. Paulo, entre outros, apontaram que se trata de uma clara violação à liberdade de imprensa. Os jornalistas também classificaram a interferência do STF como censura.

A decisão também repercutiu no Congresso Nacional e até no Palácio do Planalto. O vice-presidente Hamilton Mourão disse que a decisão “vai além da censura”. Houve manifestações de repúdio dos senadores Major Olímpio (PSL-SP), Reguffe (sem partido), Jorge Kajuru (PRP-GO), entre outros. Na Câmara dos Deputados, Joice Hasselmann (PSL-SP), Marcel van Hattem (NOVO-RS), Darcísio Perondi (MDB-RS) e outros parlamentares manifestaram solidariedade à Crusoé.

O senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) já informou que entrará com pedido de liminar para derrubar a decisão do ministro Alexandre de Moraes.

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