Gabriela Doria - 05/09/2021 11h12 | atualizado em 05/09/2021 11h50

A Secretaria de Saúde do estado de São Paulo confirmou ter usado cerca de 4 milhões de doses da CoronaVac que pertenciam aos lotes interditados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A suspensão dos imunizantes ocorreu porque o conteúdo foi envasado em uma fábrica chinesa que não tinha autorização da Anvisa.

Apesar disso, o Instituto Butantan informou à Anvisa que atestou a qualidade das doses interditadas.

A Secretaria de Saúde afirmou que até o momento não foi notificada sobre nenhuma intercorrência acerca de possíveis efeitos danosos da aplicação. No entanto, toda a rede estadual de saúde foi orientada a monitorar as pessoas vacinadas, independentemente do imunizante utilizado.

– O estado aguardará parecer das autoridades sanitárias para proceder com a distribuição de 1,5 milhão de doses da CoronaVac entregues a SP ontem. A pasta estadual trabalha em sintonia com o Instituto Butantan e tem convicção na liberação das doses para a aplicação na população – disse o órgão em nota.

O estado do Rio de Janeiro também confirmou ter recebido um dos lotes suspensos pela Anvisa. A secretaria municipal do Rio informou que aplicou as vacinas em 1.206 pessoas, e que não planeja uma nova imunização.

O diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, tranquilizou a população sobre a segurança das doses.

– Essa vacina, assim como outras, foram analisadas e aprovadas pela Anvisa, atenderam parâmetros da Organização Mundial da Saúde. Não há o que a população suspeitar ou ter reação de não-aceitação da vacina, é um evento que pode acontecer com qualquer outra.

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