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Sou do grupo de risco para a Covid-19, o que devo fazer?

Cardiologista Nicolle Queiroz, do Hospital Albert Einstein, explica os cuidados

Gabriela Doria - 19/03/2020 16h20

Grupos de risco da Covid-19 preocupam autoridades Foto: EFE/Biel Aliño

A pandemia do novo coronavírus que assola mais de 100 países tem demonstrado sua faceta mais mortal em um determinado grupo de pessoas. Os chamados “grupos de risco” são aquelas pessoas que apresentam menor defesa imunológica ao vírus, entre outras vulnerabilidades, e, por consequência, têm mais facilidade de evoluir para quadros mais graves da doença.

No caso da Covid-19, os principais grupos de risco têm a ver com idade, doenças pré-existentes e com a força da imunidade.

Em entrevista ao Pleno.News, a cardiologista Nicolle Queiroz, que faz parte do corpo médico do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, destacou quem faz parte dos grupos de risco.

– Quando se fala em pessoas de grupo de risco, a gente entende que são pessoas maiores de 50 anos e com comorbidades [doenças pré-existentes], como doença pulmonar, tipo asma, ou doença cardíaca, como hipertensão e insuficiência cardíaca, além de diabéticos e pessoas imunodeprimidas [aquelas que por algum motivo têm baixa imunidade] – informou.

Doutora Nicolle Queiroz, cardiologista do Hospital Albert Einstein Foto: Divulgação

Ainda segundo a médica, o principal método de prevenção continua sendo a higienização das mãos, além da consciência coletiva. Ela também destaca a necessidade de rever pequenos hábitos de limpeza.

– É importante aderirmos à etiqueta respiratória. Quando espirrar, proteger com o cotovelo na frente. Fazer a higiene antes de entrar e sair dos lugares, após tocar objetos e, inclusive, limpar o celular. Se focarmos na limpeza da mão, as coisas vão melhorar muito mais rápido. Não precisa entrar na neurose de limpar tudo, mas, é claro, se a gente puder tirar o sapato antes de entrar em casa, ajuda bastante. É importante usar máscara quando estivermos resfriados ou ao lado de pessoas que estejam resfriadas e com febre, sendo possíveis casos positivos de coronavírus. Evitar aglomerações. Se tiver febre, permanecer em casa e se sentir falta de ar ou incômodo, procurar o pronto socorro – orientou Queiroz.

Apesar da maior facilidade em se agravar os sintomas em pacientes do grupo de risco, a cardiologista afirma que poucos casos irão evoluir para um estado grave. Queiroz afirmou ainda que, apesar da preocupação com a doença, a taxa de mortalidade é pequena.

– De maneira nenhuma [o diagnóstico] é uma sentença de morte. Em 90% das vezes não vai passar de um resfriado leve. Em pequenas porcentagens irão evoluir para UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) e terão necessidade de entubação orotraqueal, e de fato ficar em coma induzido e entubado. É um número muito pequeno. Se tomar as medidas certinhas, a chance de evoluir para a gravidade é muito pequena – informou.

A doutora também chamou a atenção para supostos tratamentos contra o coronavírus e destacou que, até o momento, não há cura milagrosa ou forma de se imunizar.

– No momento não temos tratamento para a Covid-19 e muito menos vacina. E também não existe soro imunoterápico ou medicações em que você confere uma maior imunidade voltada para o coronavírus. O que se pode fazer é melhorar a imunidade de forma geral, alimentando-se melhor, consumindo vitamina C nas frutas, acido fólico, que é precursor de células da imunidade e é encontrado em alimentos verde-escuros, além de cebola e alho. O importante é comer melhor, beber muita água e dormir melhor – salientou a médica.

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