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Servidores do IBGE ameaçam greve se Censo for mantido

Categoria afirma que há risco de saúde para os agentes durante a coleta de dados

Pleno.News - 04/03/2021 21h45 | atualizado em 05/03/2021 10h12

Servidores do IBGE ameaçam greve caso o Censo Demográfico vá às ruas este ano Foto: Reprodução

Servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ameaçam entregar cargos de coordenação, caso o Censo Demográfico vá a campo este ano, em plena pandemia do novo coronavírus.

Em meio aos recordes sucessivos diários no número de mortes por Covid-19 e às dificuldades enfrentadas pelo governo na imunização da população, os funcionários do IBGE defendem que o levantamento seja transferido para 2022.

Em plenária nacional, realizada remotamente pelo sindicato de funcionários do IBGE, o ASSIBGE, no último fim de semana, os servidores votaram por aderir ao pleito de adiamento do Censo Demográfico para o ano que vem.

– É importante ressaltar que não é contra o Censo, mas pela realização do Censo em condições que garantam a sua qualidade, porque a função número 1 do Censo é contar e caracterizar a população. E se a população não quiser receber o IBGE, o prejuízo pode ser muito grande – lembrou Luanda Botelho, coordenadora da ASSIBGE – núcleo Chile.

O posicionamento partiu de coordenadores de área do IBGE no Rio Grande do Sul, estado que vive atualmente sob a bandeira preta, ou seja, restrição máxima à circulação da população para conter a disseminação do coronavírus e a superlotação dos hospitais.

O pedido de adiamento do Censo Demográfico para 2022 foi apresentado à direção da unidade estadual do IBGE em videoconferência no dia 19 de fevereiro, com a presença também do diretor adjunto de Pesquisas do órgão, Cimar Azeredo.

Segundo os coordenadores, caso o instituto insista em manter o censo este ano, a maioria está disposta entregar seus cargos de coordenação, o que teria sido ratificado em videoconferência em 1º de março e em carta enviada no dia seguinte ao chefe da unidade estadual do Rio Grande do Sul, José Renato Braga de Almeida.

– Visitar todos os domicílios do país, num país do tamanho do Brasil, em meio a uma pandemia, é agir contra a lógica da humanidade, é pôr em risco a vida das pessoas e priorizar algo que pode ser realizado em outro momento, com maior segurança, com maior qualidade, atingindo o real objetivo que tem um Censo Demográfico, que é [o] de mostrar a realidade do país em sua totalidade – escreveram os coordenadores.

*Estadão

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