Sérgio Camargo critica uso de cotas raciais em universidades
Presidente da Fundação Palmares defendeu a extinção da medida
Paulo Moura - 15/07/2020 09h43 | atualizado em 15/07/2020 10h15
O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, criticou o sistema de cotas raciais adotado para ingresso em universidades públicas no Brasil, durante uma série de mensagens no Twitter publicadas ao longo desta semana.
Ao comentar a expulsão do primeiro aluno por fraude no sistema de cotas raciais e sociais da Universidade de São Paulo (USP), Camargo chamou a irregularidade de “consequência nefasta do sistema”.
– As fraudes, assim como “tribunais raciais” que tentam coibi-las, são consequências nefastas do sistema de cotas raciais, este sim o verdadeiro problema. Cotas devem ser sociais, para os estudantes pobres de qualquer tom de pele, desde que disciplinados e esforçados – escreveu.
Em outro comentário, ao falar de expulsões por fraudes na Universidade de Brasília (UnB), o presidente da Palmares afirmou que a “única solução definitiva” seria a extinção das cotas raciais e que a medida não estimula o mérito entre os candidatos. Camargo defendeu que as cotas socioeconômicas continuem existindo.
– A caçada a “pretos fakes” amplia-se nas universidades federais. Acabar com cotas raciais é a única solução definitiva e moralmente aceitável. O sistema estimula a fraude, acirra o ressentimento, fere o princípio da igualdade e rebaixa o mérito. Cotas devem ser socioeconômicas – defendeu.
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