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Senadores suspeitam de apagão de dados e querem ouvir governo

Parlamentares avaliam abrir CPI sobre problemas de dados do Ministério da Saúde

Pleno.News - 12/01/2022 22h05 | atualizado em 13/01/2022 10h17

Cúpula da CPI da Covid avalia abertura de nova comissão Foto: Agência Senado/Roque de Sá

Os senadores que compõem o Observatório da Pandemia, criado após a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, querem ouvir especialistas e também o governo sobre o apagão de dados do Ministério da Saúde, antes da abertura de uma nova CPI. A estratégia é realizar uma reunião pública, ainda neste mês de janeiro, para expor a apuração.

O assunto foi discutido durante encontro entre integrantes do observatório, na noite de terça-feira (11).

– É muito estranho, na hora que se decide exigir o passaporte da vacina, misteriosamente sair do ar o sistema que tem os dados de quem foi vacinado – disse ao Estadão/Broadcast o senador Omar Aziz (PSD-AM), que presidiu a CPI em 2021 e comanda o Observatório.

A Frente Parlamentar do Observatório da Pandemia de Covid-19 tem 11 integrantes e é composta por senadores que atuaram na CPI da Covid de forma crítica ao governo. O grupo foi criado para acompanhar os desdobramentos dessa CPI, que terminou em outubro, com o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro e de outras autoridades ligadas ao chefe do Executivo.

DADOS HACKEADOS
A invasão aos sistemas do Ministério da Saúde atingiu plataformas como e-SUS Notifica, Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI ) e também o ConecteSUS, que fornece o comprovante de vacinação. Embora tenham voltado a operar, alguns sistemas permanecem instáveis, o que tem dificultado o abastecimento e a consulta de informações. O caso é investigado pela Polícia Federal.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) protocolou nesta terça-feira um pedido para instalação de uma nova CPI e tenta coletar as 27 assinaturas necessárias, em uma estratégia para emplacar outra investigação contra o governo do presidente Jair Bolsonaro. Além da adesão mínima, a abertura de uma nova CPI depende de decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Relator da comissão que terminou com o indiciamento de Bolsonaro, no ano passado, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) manifestou apoio à abertura de outra investigação.

– Apoio a nova CPI. Há fatos novos e determinados: boicote à vacinação infantil, apagão de dados no MS (Ministério da Saúde) tocado por um sabujo, além da explosão de casos. Bolsonaro é um delinquente reincidente. O Congresso está omisso diante do resgate do genocídio. Eles só respeitam CPI – disse Renan.

*AE

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