Leia também:
X Após ataques, Luciana Gimenez obtém liminar contra Kajuru

Senadores querem derrubar decretos de armas na quinta-feira

Se não forem anuladas, normas que flexibilizaram o acesso a armas e munições entram em vigor na semana que vem

Pleno.News - 05/04/2021 19h40 | atualizado em 05/04/2021 20h33

Decretos sobre armas podem entrar em vigor nos próximos dias se não forem barrados no Senado Federal Foto: Freepik

O Senado Federal se articula para derrubar quatro decretos do presidente Jair Bolsonaro que flexibilizaram o acesso a armas e munições no país. Os senadores decidiram pautar projetos revertendo esses atos para a próxima quinta-feira (8). Se não forem anuladas, as novas normas editadas pelo presidente entram em vigor na semana que vem.

Após passar pelo Senado, a derrubada dos decretos ainda vai depender da Câmara dos Deputados. Todos foram assinados por Bolsonaro em fevereiro e entram em vigor no próximo dia 12. Um deles aumenta de quatro para seis o número máximo de armas que um cidadão pode ter. A possibilidade é aceita desde que a pessoa seja portadora do Certificado de Registro de Arma de Fogo. A quantidade sobe para oito no caso de profissionais da segurança pública, como policiais. Além disso, o governo passou a permitir explicitamente o porte simultâneo, ou seja, a autorização para uso fora de casa, de duas armas por pessoa. Antes, a quantidade não estava especificada.

Além de contrariar a política do governo, os críticos dos decretos argumentam que mudanças nesse sentido só podem ser feitas por projeto de lei, com aprovação do Congresso Nacional, em razão do Estatuto do Desarmamento.

– Tais inovações podem gerar condições ainda mais propícias para a atuação das milícias no Brasil. Não podemos esperar mais. Os decretos estão na última semana passível de deliberação – afirmou o líder da minoria na Casa, Jean Paul Prates (PT-RN).

Em 2019, no primeiro ano do governo, o Senado derrubou um decreto de Bolsonaro que flexibilizava as regras para o porte de armas no Brasil. Antes que a proposta fosse analisada pela Câmara, o Executivo recuou e anulou a própria mudança, enviando na sequência projetos de lei sobre o tema. Essas propostas, porém, não andaram no Congresso. Com a troca dos presidentes da Câmara e do Senado, em fevereiro, Bolsonaro manifestou expectativa em avançar com a flexibilização de armas.

*Estadão

Leia também1 Itália prende líder de clã mafioso que morava no Brasil
2 Satélite mostra aumento de arsenal da Rússia no Ártico
3 Governo faz semana de leilões e espera retorno de R$ 10 bilhões
4 PSDB, DEM e MDB se aproximam por aliança nas eleições de 2022
5 Governo escala Forças Armadas para atuar na vacinação

Siga-nos nas nossas redes!
WhatsApp
Entre e receba as notícias do dia
Entrar no Canal
Telegram Entre e receba as notícias do dia Entrar no Grupo
O autor da mensagem, e não o Pleno.News, é o responsável pelo comentário.