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Selo de consumo de energia do Inmetro será reformulado

Evolução da tecnologia e do mercado defasou o padrão de classificação

Pierre Borges - 08/06/2021 15h12 | atualizado em 15/10/2021 15h34

Pleno.News Foto: Arte/Pleno.News

Diante do risco de racionamento de energia devido à crise hídrica e de uma conta de luz mais cara (com a entrada da bandeira vermelha 2, em vigor), este mês a baixa eficiência energética dos eletrodomésticos vendidos no Brasil pode atrapalhar a redução do consumo de energia nos lares brasileiros.

O Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) do Inmetro já não é revisado há mais de 10 anos e tem sido criticado por especialistas, que apontam a necessidade de maior precisão na classificação.

Atualmente, a maioria das geladeiras vendidas no Brasil são classificadas como A. Entretanto, segundo o próprio Inmetro, há uma diferença de até 30% no consumo entre elas. Uma nova regulamentação, em fase de conclusão, prevê uma classificação mais específica, incluindo os padrões A+, A++ e A+++, representando diferenças de consumo de 10%, 20% e 30%.

– Há mais de dez anos, o selo de classificação das geladeiras não era revisto. Temos hoje à venda no mercado brasileiro refrigeradores que não chegariam às lojas em países como México, Índia e Quênia. Nem estou comparando com o Primeiro Mundo — disse Clauber Leite, coordenador do programa de Energia, do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) ao jornal O Globo.

Atualmente, a tecnologia evoluiu, e os padrões de mercado internacionais mudaram. O padrão de eficiência exigido nos EUA para geladeiras desde 2014 só será alcançado no Brasil em 2026, por exemplo. Motivo por que Clauber afirma que, “mesmo quando se escolhe um produto classificado como A, o consumidor não tem a seu dispor o melhor desempenho”.

Segundo Hércules Souza, chefe da Divisão de Verificação e Estudos Técnicos do Inmetro, apesar do alto índice de geladeiras classificadas como A, menos de 9% delas se classificariam como A+++, o maior nível dentro da nova regulamentação. Ele ainda argumenta que colocar esses refrigeradores em categorias mais baixas geraria a perda de incentivo tributário para os fabricantes, resultando em um aumento de preço.

– O preço mais alto prejudicaria as classes menos favorecidas para as quais o que vale é o que cabe no bolso. E não adianta mudar a classificação abruptamente como fez a Argentina, por exemplo, e não ter aparelho para oferecer na classe A. Lá, hoje estão todas classificadas como D – aponta.

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