Gabriela Doria - 28/05/2020 18h02

A juíza Eliane da Câmara Leite Ferreira, da 1º Vara da Família e Sucessões, retirou Rose Miriam di Matteo da ação do inventário dos bens do apresentador Gugu Liberato. O motivo para a exclusão seria um documento assinado por Rose Miriam que supostamente atesta que os dois não tinham uma relação de marido e mulher, o que contraria o objetivo de Rose, que é ser reconhecida como esposa de Gugu.

A magistrada ainda deu uma bronca em Rose, acusando-a de “tumultuar” o processo, cuja soma de bens pode chegar a R$ 1 bilhão.

– Se não bastasse os fatos expostos acima, a terceira vem tumultuando o andamento do feito, com a juntada de petições, cujo conteúdo foge ao objeto dos presentes, e supostamente, dando indevida publicidade dos atos processuais. Igualmente, o advogado da terceira (Rose) não terá mais acesso aos autos, devendo, todavia, ser intimado da presente decisão – determinou a juíza.

O documento a que a magistrada se refere foi assinado por Rose e Gugu em 2011. Nele, a médica atesta que estava solteira na época da morte do apresentador. A certidão diz ainda que os dois estavam “ligados tão e somente como pais e, portanto, são responsáveis pelo bem-estar dos filhos”. O documento foi entregue à Justiça em março pela família.

O advogado de Rose Miriam, Nelson Wilians, minimizou a validade da certidão, a qual ele afirma “não ter peso algum”.

– Esse eventual documento, que qualifica a Sra. Rose Miriam como solteira, não tem peso algum no processo de reconhecimento de união estável entre ela e Gugu Liberato. Se fosse casada no papel, a Sra. Rose Miriam não precisaria buscar na Justiça o reconhecimento de companheira de Gugu por mais de 20 anos – disse.

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