Pierre Borges - 28/12/2021 16h51 | atualizado em 28/12/2021 17h01

Na contramão do Ministério da Saúde, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) do Rio de Janeiro anunciou nesta terça-feira (28) que não irá exigir prescrição médica para vacinar crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19. O órgão considera que os benefícios da vacinação superam os riscos.

Na última quinta-feira (23), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que o governo deve iniciar a vacinação infantil, conforme aprovado pela Anvisa. No entanto, segundo Queiroga, a recomendação do Ministério é que a imunização das crianças não seja feita “de forma compulsória”, mas apenas com prescrição médica e autorização dos pais.

Após o anúncio de Queiroga, o Conselho Nacional de Secretarias de Saúde divulgou uma “carta de Natal às crianças do Brasil”, afirmando que, quando a campanha de vacinação infantil iniciar, “não será necessário nenhum documento de médico recomendando que tomem a vacina”. Não ficou claro, porém, se a autorização dos pais será exigida.

Na última sexta-feira (24), o prefeito do Rio, Eduardo Paes, também se posicionou contra a exigência da prescrição médica para vacinar crianças, mas sugeriu que os pais deveriam ouvir a orientação do médico e que a capital exigirá um termo de consentimento com a assinatura dos pais da criança que for receber o imunizante.

A expectativa é de que 300 mil crianças sejam vacinadas contra a Covid-19 na capital carioca.

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