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Reviravolta! Polícia investiga se Miguel foi jogado do prédio

Peritos não estão convencidos de que ele conseguiu escalar grade

Gabriela Doria - 15/06/2020 18h02

Miguel morreu após cair do nono andar de prédio no Recife Foto: Reprodução

A trágica morte do menino Miguel Otávio, de 5 anos, que morreu ao cair do prédio de luxo onde mora a patroa de sua mãe, no Recife, em Pernambuco, pode ganhar novos contornos. Isto porque a Polícia Civil também passou a investigar a possibilidade de o menino ter sido jogado do 9º andar.

A principal evidência que aponta para esta linha de investigação é a de que Miguel não teria conseguido chegar sozinho ao local de onde caiu. Segundo peritos, o menino, que media 1,15 m, teria dificuldades para ultrapassar a mureta de 1,20 m que separava o corredor da área onde ficam os condensadores de ar-condicionado.

Mesmo que ultrapassasse a mureta, Miguel ainda teria que passar entre os equipamento de ar-condicionado e escalar uma grade de 1,30 m de altura.

Para a hipótese ganhar força, a polícia ainda precisa ouvir moradores do nono andar e funcionário do prédio que deveriam estar com as chaves da área de acesso restrito. Além disso, a polícia ainda precisa definir suspeitos, razões de estar naquele local e naquele momento, e principalmente, um motivo.

– A princípio, ele tentou escalar e caiu lá de cima de forma acidental. Mas as investigações não estão conclusas. Falta comprovar se é possível ele ter caído sozinho – disse o perito criminal André Amaral.

Mesmo que a possibilidade do acidente seja a mais forte, a própria mãe de Miguel, Mirtes Regina, também desconfia da possibilidade do assassinato do filho.

– Agora, mais calma, olhei atentamente as imagens feitas pela câmera do elevador. O meu filho desce no nono andar, abre aquela porta de incêndio e passa por ela como se tivesse encontrado alguém do outro lado. Quem poderia estar ali? Só a polícia poderá descobrir – disse a mulher.

Moradores do condomínio também reforçaram a hipótese macabra nas redes sociais e se amparam no mesmo questionamento da polícia: como Miguel conseguiu escalar a mureta e a grade, que eram maiores do que ele.

De forma anônima, publicaram um vídeo em que os próprios moradores fazem medições com trenas e até usam uma criança de 5 anos para demonstrar a dificuldade de se escalar a mureta.

– A história de que ele subiu na mureta, caminhou pelo duto de ar-condicionado e subiu pela grade não nos convenceu. Reparem que tenho 1,75 metro de altura e até para mim essa janela é alta – escreveu morador, que fez questão de publicar uma foto sua ao lado da janela.

A patroa e primeira-dama da cidade de Tamandaré, Sarí Corte Real, estava responsável por Miguel no momento em que ele morreu. Ela chegou a ser presa pela morte do menino, mas foi liberada no mesmo dia após pagar fiança de R$ 20 mil. Sarí irá responder por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

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