Gabriela Doria - 26/07/2017 18h19 | atualizado em 26/07/2017 18h50

O emocionante relato do empresário Pablo Assis está viralizando nas redes sociais. Nele, o rapaz conta a luta travada com um renomado hospital particular do Rio, que negou uma cirurgia de emergência para sua esposa. Apesar de possuir seguro médico, Amanda, que é americana, teve o requerimento negado, pois a instituição não estava aceitando a solicitação da seguradora. O procedimento só foi possível depois que Pablo entrou em contato com o Movimento Chega de Descaso, que o orientou sobre os direitos de Amanda.

Pablo conta que a esposa, Amanda, acordou reclamando de fortes dores. Os dois foram ao hospital, onde foi constatada uma apendicite. Apesar de iniciarem todas as burocracias, o casal foi surpreendido com a notícia, após aguardar sete horas, de que o hospital não realizaria a cirurgia. O motivo? Eles não estavam de acordo com a política da seguradora americana. Segundo Pablo, isto significava que eles teriam que desembolsar mais de R$ 50 mil e depois solicitar reembolso com a seguradora.

A única saída que Pablo pensou foi em ligar para seus contatos da área da saúde. Neste momento, ele foi apresentado ao Movimento Chega de Descaso, uma ONG que luta pelo direito à saúde, seja na rede pública ou privada. Munido de uma declaração do seguro de Amanda, em que seriam cobertos procedimentos de até R$ 2 milhões, Pablo foi orientado pelo advogado da ONG a pedir um laudo conclusivo do hospital para que ele desse entrada em uma liminar.

– BOOM! Em 15 minutos a supervisora geral e o diretor financeiro do hospital estavam na sala e a partir daí tudo fluiu. Cirurgia autorizada e bola pra frente – contou o rapaz.

Em seu relato, Pablo ressalta a importância do trabalho do Movimento Chega de Descaso e exemplifica o problema citando as populações mais vulneráveis e humildes.

– Isso não deveria acontecer e por isso que o trabalho do Movimento Chega de Descaso se torna tão importante. Existem leis. Existem regras. E a união das pessoas pode fazê-las valer.

Em sua página da internet, a ONG possui cerca de 18 mil curtidas. Nela, o MCD diz que sua missão é “representar os interesses individuais e coletivos na garantia do direito essencial à saúde reforçando a participação social”. Embora estejam ganhando visibilidade, a organização ainda não possui um canal de atendimento direto com o paciente. Entretanto, eles afirmam que, em casos mais urgentes, como o de Amanda, o número de telefone do advogado é disponibilizado para orientação.