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Porta-voz: Ancine deve se alinhar a “sentimento cristão”

Otávio Rêgo Barros defendeu mudança de perfil da agência

Gabriela Doria - 06/08/2019 20h22

Porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros Foto: Carolina Antunes/PR

O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, afirmou nesta terça-feira (6) que a Agência Nacional do Cinema (Ancine) precisa estar “adaptada aos preceitos que a maioria da sociedade vivencia”.

– É muito importante que o produto da Ancine esteja alinhado com o sentimento da maioria da nossa sociedade. Um sentimento de dever, de cultura adequada, um sentimento cristão – declarou o porta-voz.

Rêgo Barros fez a afirmação ao responder a uma pergunta sobre o apelo do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), para que o presidente Jair Bolsonaro mantenha a sede da agência de fomento ao cinema no estado.

– É preciso compreender que uma agência difusora de cultura deve estar adaptada aos preceitos que a maioria da sociedade vivencia. Então é nesse contexto que a Ancine vai ter que adequar-se – acrescentou o porta-voz, que disse ainda que a mudança da sede da agência para Brasília está em estudo.

O presidente Bolsonaro já disse que pretende mudar a sede da Ancine do Rio para Brasília. A agência tem sido alvo do mandatário, que chegou a afirmar que pretende exinguir o órgão caso não seja possível usar filtros nas produções nacionais.

– A cultura vem para Brasília e vai ter um filtro sim, já que é um órgão federal. Se não puder ter filtro, nós extinguiremos a Ancine. Privatizaremos ou extinguiremos. Não pode dinheiro público ser usado para fins pornográficos – declarou o presidente, em julho.

Na última sexta (2), porém, ele disse à imprensa que pode recuar da ideia da extinção.

– Se recuar, recuo. Quantas vezes vocês falam que eu recuei? Tem a questão do audiovisual que emprega muita gente, tem de ver por esse lado – afirmou.

Segundo ele, o ministro da Cidadania, Osmar Terra, apresentou um esboço de um projeto de restruturação da agência reguladora, que adotaria o mecanismo da Lei Rouanet para fomento de produções nacionais.

Para o presidente, há produções da Ancine que utilizam patrocínio federal para fazer o que ele considera “ativismo”. Ele tem criticado ainda o patrocínio recebido pelo filme Bruna Surfistinha, protagonizado pela atriz Deborah Secco.

– Não posso admitir que, com dinheiro público, se façam filmes como o da Bruna Surfistinha. Não dá – disse o presidente, também em julho.

*Folhapress

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