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Por que a greve de caminhões subiu o preço da gasolina?

Entenda também os motivos por trás dos outros transtornos causados

Camille Dornelles - 24/05/2018 08h18 | atualizado em 24/05/2018 08h30

Greve dos caminhoneiros já dura quatro dias Foto: Agência Brasil/Antônio Cruz

A greve dos caminhoneiros entrou em seu quarto dia consecutivo nesta quinta-feira (24). Sindicatos da categoria organizam a paralisação das estradas estaduais e federais em pelo menos sete estados. A expectativa é que 21 estados e o Distrito Federal tenham manifestações até o fim da manhã.

A paralisação criou transtornos em diversos setores, sentidos pela população já nesta quarta (23). Com a continuação dos protestos, eles devem continuar. Entenda por que a greve de caminhoneiros gerou tantos problemas.

MOTIVAÇÃO DA GREVE
Como já explicado, o protesto da categoria foi motivado pelo aumento do preço do diesel. Eles pedem a redução do valor e também o repasse da diferença para a cobrança do frete do transporte.

A Petrobras e o governo federal chegaram a anunciar uma redução temporária do preço do combustível. Porém, a categoria percebeu a queda de R$ 0,26 do litro como insuficiente e continuou a greve.

EFEITOS DA GREVE
A paralisação dos caminhoneiros faz com que qualquer mercadoria que deveria ser entregue por eles não chegue ao seu destino. Além disso, a interdição parcial (e em alguns trechos, total) das rodovias provoca o atraso na chegada de produtos que vêm por outros veículos terrestres.

A falta dos produtos em seus postos de destino cria o efeito visto pela população. Para evitar prejuízo causado pela escassez, os estabelecimentos sobem os preços dos produtos disponíveis.

LANCHONETES E SUPERMERCADOS
Os alimentos não chegam aos supermercados e os preços disparam. No Ceasa, no Rio de Janeiro, o saco da batata teve um aumento de dez vezes no preço e foi vendido a R$ 500 nesta quarta. Além da escassez, os alimentos que estão nos caminhões podem estragar se ficarem muito tempo e provocarão problemas nos próximos dias.

Lanchonetes e restaurantes que não sobem os preços tabelados com tanta facilidade, tendem a encerrar o expediente assim que acaba a comida. É o caso do McDonald’s, que sofreu com falta de pão nesta quarta.

Motoristas enfrentam filas enormes para abastecer em Niterói, RJ Foto: Pleno.News

POSTOS DE GASOLINA
Além do combustível dos caminhões-tanque não chegar aos postos, uma parte das manifestações ocorre em frente às refinarias brasileiras. O que faz com que o combustível nem saia. Os preços do etanol e da gasolina dispararam em vários estados.

No Recife, em Pernambuco, o litro da gasolina chegou a R$ 8,99, mas o posto foi autuado pelo Procon-PE, fechado por 72 horas e terá que pagar R$ 500 mil de multa.

TRANSPORTES E CORREIOS
Os serviços de frete particular, empresas de ônibus municipais e intermunicipais diminuíram as atividades para economizar combustível. Aeroportos também avisaram que só tem querosene suficiente para as atividades de mais um dia.

Serviços de transporte de passageiros que utilizam energia elétrica, como metrôs e trólebus, sofrem com superlotação nas estações.

Os Correios suspenderam temporariamente as postagens das encomendas que possuem dia e hora marcados (Sedex 10, 12 e Hoje). Por meio de nota, a companhia informou que “também haverá o acréscimo de dias no prazo de entrega dos serviços Sedex e PAC”.

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