Marcos Melo - 27/03/2023 16h33 | atualizado em 27/03/2023 16h54

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), está reivindicando aumento salarial para sua função, de seu vice e secretários de Estado. Zema usou seu perfil no Twitter para explicar que a medida é necessária para “atrair e manter os mais competentes nos quadros técnicos”.

Com um salário de apenas R$ 10,5 mil, o governador de Minas ingressou com pedido na Assembleia Legislativa de Minas Gerais para alinhar a remuneração à realidade do ofício do cargo, atualmente muito defasado. O aumento será escalonado, em três anos: R$ 37,5 mil a partir de 1º de abril; R$ 39,7 mil em fevereiro de 2024; e R$ 41,8 mil em fevereiro de 2025.

– Para Minas continuar avançando, é preciso atrair e manter os mais competentes nos quadros técnicos. São mais de 15 anos de congelamento dos salários dos secretários estaduais, situação incompatível com o cargo. Agradeço à ALMG que apresentou, a meu pedido, PL que resolve o problema – disse Zema no Twitter.

Ao assumir o estado, o governador do Partido Novo chegou a registrar um compromisso em cartório de só receber sua remuneração quando todos os servidores públicos estivessem com seus salários em dia, mas uma lei (16.658/2007), que trata da remuneração dos cargos, proíbe que o governador abra mão de seus vencimentos.

– Eu disse que não ia receber salário. Ele até cai na minha conta e algumas horas ou dias depois está sendo doado para entidades. Continuo não fazendo uso de nenhuma remuneração do estado – disse Zema ao portal Estado de Minas, indicando a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes) como uma das destinatárias de suas doações.

Com o desatualizado salário de R$ 10,5 mil como governador de Minas Gerais, o político ganha o equivalente a 3,56% da remuneração da petista Dilma Rousseff à frente do Novo Banco do Desenvolvimento (NDB), que receberá cerca de 500 mil dólares (R$ 2,6 milhões) por ano, aproximadamente.

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