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Zanin perde para influencer apoiador de Bolsonaro na Justiça

Indicado ao STF queria R$ 40 mil de indenização

Monique Mello - 02/06/2023 17h55 | atualizado em 02/06/2023 18h22

Cristiano Zanin Foto: Edilson Dantas / Agencia O Globo

O advogado Cristiano Zanin Martins sofreu uma derrota na Justiça para um influenciador apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A sentença foi publicada na última semana, pouco antes de seu nome ser indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Zanin pedia uma indenização no valor de R$ 40 mil a Luiz Galeazzo Vareta, dono do perfil @oiluiz nas redes sociais, com mais de 300 mil seguidores.

Em algumas publicações, Luiz sugeria que a contratação de Zanin pelo empresário Joesley Batista, dono do frigorífico JBS, seria uma ajuda à campanha de Lula nas eleições de 2022.

– Muito conveniente a J&F contratar o advogado do Lula quando a campanha do petista está precisando de dinheiro… Deve ser só coincidência – dizia um post de 15 de agosto do ano passado.

Uma segunda publicação trazia o seguinte:

– Primeiro, Lula usou o BNDES pra transformar Joesley Batista no Campeão Nacional da carne. Agora, Joesley paga o favor, contratando o advogado do Lula justamente quando a campanha do ladrão mais precisa de dinheiro. Dizem que é uma boa forma de se doar grana sem ninguém ver.

Por meio de um recurso ao Tribunal de Justiça de São Paulo, Zanin conseguiu que o influenciador fosse obrigado a apagar as postagens.

– As mensagens contêm evidente carga ofensiva à honra do autor, o qual chegou a ser citado pessoalmente num dos textos, o que nem precisaria ser feito, pois facilmente identificável pela maioria da população que acompanhou fatos recentes da história do Brasil – afirmou o desembargador Alexandre Coelho, na decisão.

Ao negar o pedido de indenização, a juíza Raquel Machado Carleial de Andrade, da 20ª Vara Cível do Foro Central de São Paulo, citou a fama alcançada por Cristiano Zanin. Para a magistrada, as declarações do influenciador se enquadrariam em “jornalismo opinativo”.

– Por pouco razoáveis e, por vezes, inacreditáveis que determinadas opiniões sejam, qualquer indivíduo tem o direito de expressá-las enquanto se atentar aos limites juridicamente estabelecidos (…). Não se podem proibir questionamentos – afirmou a juíza na sentença.

Cristiano Zanin ainda foi condenado a pagar 10% do valor da causa em honorários para o advogado de Luiz Galeazzo, mas pode recorrer.

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