Paulo Moura - 23/06/2023 11h20 | atualizado em 23/06/2023 12h03

Aprovado para assumir o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e já com a posse na Suprema Corte agendada para o próximo dia 3 de agosto, o advogado Cristiano Zanin pediu, nesta quinta-feira (22), para deixar a defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em processos no STF e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Nas petições, Zanin solicitou a retirada de seu nome das ações nas quais atua. No entanto, é esperado que, mesmo assim, ele se declare impedido para deliberar, enquanto ministro do Supremo, nos processos em que advogou.

– Pelo presente instrumento, Cristiano Zanin Martins, advogado habilitado nos autos em epígrafe, renuncia aos poderes que lhe foram outorgados, ficando mantidos os demais advogados constituídos. Requer-se ainda, por consequência, a exclusão do nome deste subscritor do sistema em relação ao patrocínio da causa – declarou o advogado nas petições.

Uma das ações no STF em que Zanin era o advogado é uma reclamação que tinha como relator justamente o ex-ministro Ricardo Lewandowski, que será substituído pelo indicado de Lula. No processo, a defesa do petista conseguiu o direito de acessar o acordo de leniência da construtora Odebrecht e da operação Spoofing, com as mensagens vazadas de procuradores da Lava Jato.

Já no TSE, Zanin deixará de ser o representante jurídico da Coligação Brasil da Esperança, que elegeu Lula presidente nas eleições de 2022. Ao longo do pleito, a equipe jurídica do petista ajuizou diversas ações que resultaram em inúmeras concessões de direitos de resposta contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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