Zambelli só fará acareação por videoconferência, diz defesa
Pedido para realizar acareação com o hacker Walter Delgatti foi feito pela defesa da deputada licenciada
Paulo Moura - 05/07/2025 16h14 | atualizado em 07/07/2025 12h03

A defesa da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) informou que ela só participará da acareação com o hacker Walter Delgatti Neto caso a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados autorize a realização da audiência por videoconferência. A parlamentar responde a um processo que pode resultar na cassação de seu mandato. A informação foi divulgada pelo portal UOL.
– Ela não tem como vir para o Brasil agora, está esperando o processo na Itália. Ainda temos um recurso no STF, mas estamos dependendo dessa decisão da Câmara para ver como vamos agir. Se isso não acontecer, não tem como ela vir. Se vier, será presa – afirmou o advogado da parlamentar, Fábio Phelipe Garcia Pagnozzi.
A defesa da deputada apresentou na última quarta-feira (2) a contestação no processo que tramita na CCJ. Os advogados negam que Zambelli tenha tido qualquer envolvimento com Delgatti e pedem a acareação com a argumentação de que a medida seria um meio necessário para “dirimir eventuais contradições e confrontar as versões apresentadas”.
Zambelli deixou o país dias após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que a condenou a dez anos de prisão pela suposta participação na invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A deputada foi para a Itália, onde possui cidadania, e teve prisão preventiva decretada pelo ministro Alexandre de Moraes com base em risco de fuga. A ordem ainda não foi cumprida.
Para Pagnozzi, a acareação seria uma forma tanto de Zambelli, quanto de outros deputados poderem interagir.
– Seria uma coisa meio histórica para a Câmara, acho que daria uma boa mídia, uma boa visibilidade, mas eu não acho que seria decisivo para se ganhar ou perder alguma coisa lá – ponderou.
No pedido, a defesa afirma que a deputada “sofreu com ação penal, que, em sua ausência, baseou-se apenas no discurso de um delator cuja credibilidade é altamente questionável”.
A CCJ é responsável por analisar o processo de cassação e emitir parecer favorável ou contrário à perda de mandato. Em caso de parecer positivo, o processo segue para votação no Plenário da Câmara. São necessários os votos de 257 deputados para que a cassação se concretize.
*AE
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