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Zambelli processa jornalista para quem ela apontou arma

Parlamentar afirma que Luan Araújo a difamou em texto publicado em maio

Thamirys Andrade - 31/07/2023 14h28 | atualizado em 31/07/2023 17h08

Zambelli Foto: Reprodução/YouTube

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) apresentou uma queixa-crime contra o jornalista Luan Araújo, de 32 anos, por difamação. O comunicador é o mesmo que foi perseguido pela congressista sob a mira de uma arma em uma avenida de São Paulo, em 29 de outubro do ano passado.

O processo de Zambelli contra Araújo ocorre devido a um texto publicado por ele no site o Diário do Centro do Mundo no último dia 30 de maio. Nele, o autor diz que a parlamentar lidera uma “seita de doentes de extrema-direita” e que comete “atrocidades”.

– Zambelli, que diz estar com problemas, na verdade está na crista da onda. Continua no partido pelo qual foi eleita, segue com uma seita de doentes de extrema-direita que a segue incondicionalmente e segue cometendo atrocidades atrás de atrocidades – escreveu Araújo, no texto intitulado Perca ou não o mandato, o mal que Zambelli me fez segue impune.

Na sequência, o comunicador diz que sua vida pessoal “virou de cabeça para baixo” desde o dia 29, tendo perdido “relações importantes” e adquirido “problemas de saúde” como pânico diário.

– Para mim, um homem preto, pobre e com problemas enormes, aquele dia não acabou. Ele faz questão de durar dias e mais dias até hoje. De uma forma cruel. Para ela, uma mulher branca com conexões com pessoas poderosas, foi apenas mais um espaço para fazer o picadeiro clássico de uma extrema-direita mesquinha, maldosa e que é mercadora da morte – acrescentou.

Segundo o portal UOL, em resposta à ação de Zambelli, o juiz Fabricio Reali Zia, da Vara do Juizado Especial Criminal de São Paulo, determinou a remoção do texto de Araújo em 48 horas a partir da notificação. Para o magistrado, a matéria fere a “honra” da parlamentar, ultrapassa os limites da “narração crítica” e traz “excesso de linguagem”.

O texto, contudo, segue no ar até a publicação desta matéria.

CASO DA PERSEGUIÇÃO ARMADA EM SP
O episódio ocorreu nas vésperas das eleições presidenciais. Zambelli afirma que sacou a arma contra o rapaz após ele ter proferido xingamentos e tê-la intimidado. O caso rendeu um processo no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a deputada, com data para acontecer nos dias 11 e 21 de agosto.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa Zambelli de porte de arma e constrangimento ilegais. Se condenada, a parlamentar pode ter de pagar uma multa no valor de R$ 100 mil e ainda perder o porte de arma. Na denúncia oferecida pela PGR há o argumento de que a deputada não poderia sacar a pistola em espaço público, ainda que tenha porte de arma, por expor os demais a risco.

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