Paulo Moura - 26/05/2020 08h33 | atualizado em 26/05/2020 08h38

A Polícia Federal informou que o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, e a primeira-dama do Estado, Helena Witzel, são alvos de investigação da Operação Placebo, realizada na manhã desta terça-feira (26) em diversos endereços da cidade do Rio de Janeiro, entre eles a residência oficial do chefe do Executivo, o Palácio Laranjeiras.

Autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), responsável por ordenar ações contra governadores, a operação cumpre, ao todo, 12 mandados de busca e apreensão, incluindo um no Laranjeiras. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) havia comunicado há 15 dias a Procuradoria Geral da República (PGR) sobre a citação de Witzel nas investigações.

Além do governador e da primeira-dama, os outros alvos da ação desta terça são Gabriell Neves, ex-subsecretário de Saúde de Witzel, preso na Operação Favorito, e o Iabas (Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde), organização social contratada pelo governo fluminense para a construir sete hospitais de campanha no estado.

Os gastos com os hospitais de campanha, principais focos da operação, resultaram na destinação de R$ 836 milhões para o Iabas. Porém, as obras de seis das sete unidades que deveriam estar funcionando estão com quase um mês de atraso.

Na última quinta-feira (21), o secretário estadual de Saúde, Fernando Ferry, afirmou que alguns locais podem não ser entregues. A administração de Witzel, porém, já pagou cerca de um terço do valor acertado com o Iabas.

– A gente está vendo que, gradativamente, está diminuindo o número de casos. Isso faz parte da epidemia. Se a gente perceber que isso vai continuar, a gente vai deixar de construir as unidades, e o valor será devolvido para o Erário – disse Ferry.

Tanto o governo do Estado, quanto Gabriell Neves e o Iabas não se posicionaram sobre a operação da Polícia Federal.

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