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Pleno.News - 16/06/2021 16h09 | atualizado em 16/06/2021 16h49

Ex-governador Wilson Witzel na CPI da Covid-19 Foto: Agência Senado/Jefferson Rudy

O governador cassado do Rio, Wilson Witzel, afirmou que espera ser chamado novamente pela CPI da Covid para prestar um outro depoimento, desta vez sob segredo de Justiça.

Em entrevista após sua participação na comissão, o ex-governador voltou a dizer que pretende colaborar para a CPI investigar quem estaria “por trás” de seu processo de impeachment, assim como apurar a “perseguição” sofrida por governadores que não estão alinhados ao “negacionismo” do governo Bolsonaro na pandemia.

– Pedi à CPI uma sessão sob segredo de justiça para que a gente possa aprofundar os fatos que envolvem aqueles que estão por trás do meu impeachment, quem o patrocinou financeiramente, politicamente de forma ilícita. Aguardo agora mais um convite para que eu possa colaborar com a CPI e avançar nas investigações sobre esses fatos que estão causando toda essa perseguição aos governadores que não estão alinhados ao negacionismo do governo federal – disse Witzel a jornalistas, citando a necessidade de sigilo em razão de eventuais medidas cautelares, como busca e apreensão, que possam vir a ser tomadas pela CPI.

Witzel encerrou seu depoimento à comissão nesta quarta-feira (16) antes do previsto, amparado pela decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que o desobrigou de comparecer à CPI. O ex-governador justificou a saída em razão da forma como começou a ser tratado por senadores mais alinhados ao governo Bolsonaro.

– Na medida que começam a ter ofensas, a forma como o senador se dirigiu a mim, de forma ofensiva, leviana, até mesmo chula, infelizmente não posso continuar dessa forma, estou aqui para ser respeitado e respeitar – disse ele.

A oitiva foi finalizada após Witzel responder as perguntas do senador Jorginho Mello (PL-SC) e enquanto o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) elaborava os questionamentos.

– Até o momento em que estavam conduzindo a sessão de forma civilizada, eu continuei. A partir do momento que se tornou sessão de xingamentos, eu entendi, e os advogados também entenderam, que seria melhor encerrar, porque tudo que tinha que ser falado já foi falado e, daqui para frente, as afirmações ofensivas são desnecessárias – afirmou Witzel, que bateu boca durante o depoimento com o senador Flavio Bolsonaro (Patriota).

*Estadão

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