William Waack fica estarrecido com falas de Lula: “Tiro no pé”
Âncora apontou "falta de equilíbrio emocional" no petista
Monique Mello - 24/03/2023 16h40 | atualizado em 24/03/2023 17h57

William Waack foi mais um profissional da grande mídia a repercutir em tom bastante crítico a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre ser uma “armação” de Sergio Moro o plano do crime organizado contra o próprio senador.
Na abertura do WW, da CNN Brasil, na noite desta quinta-feira (23), o âncora apontou um possível “desequilíbrio emocional” no petista, pois “equilíbrio emocional é o mínimo que se espera de qualquer chefe de Estado”.
Na avaliação do jornalista, ao pôr em cheque a veracidade da Operação Sequaz, Lula ridicularizou o trabalho da Polícia Federal, o Ministério Público de São Paulo, e o seu próprio ministro da Justiça, Flávio Dino.
– Qual teria sido a intenção política de Lula ao reiterar três vezes uma bobagem como essa, a da armação de Moro? – questionou.
Confira a fala completa de William Waack:
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acha que o plano do crime organizado para matar o senador e ex-juiz Sergio Moro (União Brasil-PR), entre outros alvos, é uma armação do próprio Moro.
Essa afirmação do presidente da República não para de pé um só segundo, pois não tem a menor base nos fatos.
Mas admita-se que todo político tenha o direito de se cobrir de ridículo e de dar um tiro no próprio pé. Porém, quando o político é presidente da República, as coisas ridículas que ele diz têm outra dimensão.
Nesse caso, a dimensão do que Lula disse é ridicularizar o trabalho da Polícia Federal, que prendeu os bandidos do PCC que armavam os atentados. Ridicularizar o Ministério Público de São Paulo, que descobriu o plano do crime organizado. Ridicularizar seu ministro da Justiça, que qualificou de muito séria a investigação. Ridicularizar o próprio cargo de chefe de Estado.
O que levanta uma outra indagação. A um político experiente como Lula costuma-se atribuir a cada palavra que diz um cálculo político. Qual teria sido a intenção política de Lula ao reiterar três vezes uma bobagem como essa, a da armação de Moro?
Ou foi só o resultado do estado psicológico de uma pessoa que produz maus resultados políticos para si mesma, pois vive presa a uma confusão de sentimentos, ódios, rancores?
Equilíbrio emocional é o mínimo que se espera de qualquer chefe de Estado.
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