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William Douglas apoia indicação de evangélico para o Supremo

Desembargador afirmou que novo nome corrigiria distorção representativa dos evangélicos

Paulo Moura - 23/05/2021 15h23

Desembargador federal William Douglas Foto: Reprodução

Desembargador do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), William Douglas Resinente dos Santos é atualmente um dos magistrados mais conhecidos do Brasil. E a notoriedade não vem apenas das recentes notícias de que ele é um dos evangélicos cotados para assumir uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF).

Considerado um “guru” dos concursos públicos, o magistrado faz questão de ressaltar as suas convicções religiosas e diz que isso não afeta em nada suas decisões tomadas a partir do parâmetro de Estado laico adotado pelo Brasil. Com a troca no STF marcada para o próximo mês de julho, o desembargador defende a indicação de um evangélico.

– Evangélicos são mais de 30% da população e não estão representados no Supremo, onde existem onze ministros com diversas crenças. É válido e correto que o presidente queira corrigir essa distorção e indique um evangélico para o STF – disse ele, em entrevista por escrito ao site Poder360.

Apesar de ser um dos cotados a uma das cadeiras da Suprema Corte, o desembargador do TRF-2 afirmou que esse não é um objetivo pessoal, mas que seria uma indicação aceita de bom grado por ele caso essa fosse a vontade divina.

-Nunca tratei isso como um projeto, mas como uma possibilidade, desde que seja da vontade de Deus – destaca.

Questionado sobre o momento pelo qual passa o Judiciário, com duras críticas populares feitas à atual composição da Suprema Corte, William Douglas diz que há um desequilíbrio entre os poderes, e que a principal razão para isso é a judicialização de temas relativos aos outros poderes.

– Temos um certo desequilíbrio entre os Poderes, uma situação que contraria a própria Constituição. Em parte, esse desequilíbrio decorre da ação de partidos políticos e de parlamentares que têm levado ao Judiciário questões que deveriam ser resolvidas no âmbito do próprio Legislativo – avalia.

Por fim, perguntado sobre a alcunha de “guru” dos concursos públicos e sobre a diminuição da quantidade de concursos no cenário atual, o desembargador disse ter “orgulho de ter ajudado muitas pessoas a encontrarem um caminho profissional”, ressaltou que a quantidade de certames é algo cíclico, e defendeu o serviço público.

– Graças aos servidores públicos, a população tem contado, durante a pandemia, com o mínimo atendimento necessário. Principalmente nos rincões do país, é graças ao serviço público que os brasileiros têm esse atendimento em áreas como educação, saúde, segurança e Justiça. É sempre possível aperfeiçoar o sistema – completou.

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