Pierre Borges - 06/07/2021 13h51 | atualizado em 06/07/2021 14h57

O ex-ministro da educação Abraham Weintraub disse que não descarta a possibilidade de lançar-se como candidato a algum cargo político em 2022. A declaração foi dada por ele nesta segunda-feira (5) durante o programa Pânico, da rádio Jovem Pan.

– Meu nome foi lançado pela militância, não [estando] filiado a partido nenhum. Nunca falei que iria ser [candidato], mas também não vou negar. Se tiver a oportunidade, por que não? – disse ele.

Contudo, Weintraub disse que, do ponto de vista financeiro, emocional e familiar, um cargo político não é interessante para ele e mencionou que tem muitas despesas com advogado (chegando a responder a 180 processos, segundo ele mesmo) e que seus filhos já foram até ameaçados de morte. Residindo atualmente nos Estados Unidos, Weintraub disse ter planos de retornar ao Brasil em breve.

Questionado sobre as gravações que podem ligar o presidente Jair Bolsonaro a um esquema de “rachadinha”, o ex-ministro disse que, se o fato for constatado, não irá defender o presidente, mas ironizou o fato de o áudio ter partido de uma ex-cunhada de Bolsonaro.

– Agora, desculpe, [mas] áudios de ex-cunhada… Não precisa nem ser ex-cunhada para falar mal de Bolsonaro. Para com isso. Desde quando se leva a sério o que diz uma ex-sogra ou ex-cunhada? Considerando que se trata de gravações da ex-cunhada, até que saiu barato para o presidente. Uso aqui o exemplo da peça teatral Medeia, que compõe a dramaturgia grega e termina com uma frase fantástica: “Os Deuses desconhecem ira maior do que a de uma mulher largada”. Será que ainda podemos aplicar esta frase de 2.500 anos na atualidade? – questionou.

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