Wajngarten: Joias da Arábia iriam para acervo presidencial
Ex-secretário de Comunicação Social rebateu acusações feitas por veículos de imprensa
Paulo Moura - 04/03/2023 11h48 | atualizado em 06/03/2023 11h18

O ex-secretário de Comunicação Social do governo federal, Fabio Wajngarten, esclareceu, nesta sexta-feira (3) e neste sábado (4), a notícia publicada por vários veículos de imprensa de que a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teria tentado trazer joias da Arábia Saudita ao Brasil sem pagar impostos. De acordo com Wajngarten, a história é uma “narrativa fantasiosa”.
Pelo Twitter, o ex-secretário publicou a foto de um ofício de Marcelo da Silva Vieira, ex-chefe do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH), endereçado ao Ministério de Minas e Energia. No documento, Vieira diz que os presentes recebidos na Arábia deveriam ser encaminhados ao GADH para análise sobre a incorporação ao acervo público da Presidência ou privado do presidente da República.

As joias chegaram ao país no dia 26 de outubro de 2021, dentro de uma mochila de Marcos André dos Santos Soeiro, que acompanhava o então ministro Bento Albuquerque, de Minas e Energia, na viagem de retorno ao Brasil. O material, porém, ficou apreendido pela Receita Federal no Aeroporto Internacional de Guarulhos.
O ex-chefe da Secom também compartilhou um ofício emitido pelo gabinete do ministro Bento Albuquerque, no dia 3 de novembro de 2021, e endereçado ao gabinete do secretário Especial da Receita Federal. O assunto era justamente a liberação dos itens para que eles fossem encaminhados ao “destino legal adequado”.

Em outra imagem publicada por Wajngarten, em seu Twitter, está a cópia de uma mensagem enviada à Arábia Saudita pelo ministro Bento Albuquerque, datada de 22 de novembro de 2021, em que o Brasil agradece pelo presente e comunica que as peças seriam incorporadas à coleção oficial do Brasil, conforme a legislação.
Além das postagens, o ex-secretário de Comunicação Social escreveu: “Novamente outra ‘narrativa fantasiosa de milhões’ será amplamente desmascarada. A era dos cliques, a tentativa de destruição da honra e bons costumes das pessoas não pode prosperar da forma como está. Dessa vez não veio de blogs ou pessoas físicas”.
SOBRE O CASO
Nesta sexta-feira (3), o jornal O Estado de São Paulo divulgou que o governo Bolsonaro teria tentado entrar no Brasil, sem pagar imposto, com joias avaliadas em R$ 16,5 milhões. Os itens, de acordo com o veículo, seriam um presente do governo da Arábia Saudita para Michelle Bolsonaro.
O conjunto de joias, composto por colar, anel, relógio e brincos de diamante com um certificado de autenticidade da marca Chopard, foi apreendido no Aeroporto de Guarulhos ao ser encontrado com o assessor do então ministro Bento Albuquerque.
Em seu perfil no Instagram, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro ironizou a reportagem e publicou nos stories a seguinte mensagem: “Quer dizer que, ‘eu tenho tudo isso’ e não estava sabendo? Meu Deus! Vocês vão longe mesmo, hein?! Estou rindo da falta de cabimento dessa imprensa vexatória”.

Leia também1 Condenação de ex-tesoureiro do PT na Lava Jato é anulada no STJ
2 Vereadora: Polícia investiga feminicídio seguido de suicídio
3 Morre em São Paulo, aos 73 anos, o cartunista Paulo Caruso
4 Ex-presidente da OAB posta foto com Cabral: "Anos de injustiças"
5 Governo coloca sindicalista para chefiar fundo de pensão do BB