Pleno.News - 26/08/2021 15h09 | atualizado em 26/08/2021 16h21

Em coluna publicada no jornal O Estado de S. Paulo desta quinta-feira (26), o jornalista William Waack disparou críticas contra o presidente Jair Bolsonaro e seus eleitores. Para ele, “Bolsonaro acha que manda, mas não comanda nada a não ser fanáticos imbecilizados em redes sociais que não sabem até agora muito bem onde está o ‘Palácio de Inverno’ a ser tomado e ocupado”.

Em sua coluna, Waack falou que Bolsonaro acredita em uma espécie de “conspiração” para tirá-lo do poder e que, na visão do presidente, ela teria começado já no primeiro dia do governo, sendo “conduzida por uma difusa e, ao mesmo tempo, bem entrincheirada coligação de corruptos no Congresso, corporativistas na administração pública, empresários que perderam dinheiro, esquerdistas treinados em Cuba, governadores gananciosos e todos unidos em torno de alguns ministros do STF”.

O jornalista, que também apresenta um telejornal da CNN Brasil, apontou que “círculos do Judiciário, Congresso e também oficiais-generais” teriam chegado à conclusão de que o presidente deveria “no mínimo ser declarado inelegível”. Sendo o caminho para isso por meio “dos tribunais superiores”.

Waack também disse ser um “problema para Bolsonaro” ele estar isolado tanto no “plano político-jurídico como no plano das ‘forças das ruas'”. Waack considera o presidente “completamente refém de um conjunto fisiológico de caciques políticos cínicos que o espremem deixando aberta a possibilidade de decidir quando jogam fora o bagaço. O cerco judicial ao presidente, no STF e no TSE, é um fator que tornou inclusive irrelevante se o PGR estaria (não está) disposto a denunciá-lo”.

Waack então explicou: “Sem ter criado uma organização política capilarizada e sem ter a adesão das cadeias de comando das Forças Armadas, Bolsonaro acha que manda, mas não comanda nada a não ser fanáticos imbecilizados em redes sociais que não sabem até agora muito bem onde está o ‘Palácio de Inverno’ a ser tomado e ocupado. Eles são contra um monte de coisas, mas ainda aguardam uma ordem específica do ‘mito’ sobre em qual direção marchar e qual inimigo precisam aniquilar”.

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