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Gabriel Mansur - 12/07/2022 21h25 | atualizado em 13/07/2022 12h41

Arthur Lira Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), suspendeu novamente a sessão plenária que vota a PEC dos Benefícios, dessa vez por causa de problemas técnicos que inviabilizaram a votação remota nesta terça-feira (12). O pleito já havia sido adiado na última quinta (7) devido a baixa presença de deputados na Casa.

Antes da nova suspensão, no entanto, os deputados já haviam aprovado o texto-base em primeiro turno, com 393 votos favoráveis contra 14 contrários. Os parlamentares começavam a votar os destaques, isto é, emendas que podem modificar o texto. O PT, por exemplo, tenta retirar da PEC a expressão “estado de emergência”. Finalizada esta etapa, a proposta ainda será votada em segundo turno. Para ser aprovado, o texto precisa do apoio de, no mínimo, 308 parlamentares, nos dois turnos.

Durante o comunicado, Lira informou que a Polícia Federal já estava a caminho da Câmara para começar a averiguar o que causou os problemas no sistema. De qualquer forma, a previsão é que a sessão será retomada na quarta-feira (12).

Entre outros pontos, a PEC aumenta o valor do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600, amplia o vale gás e cria um “voucher” de R$ 1 mil para os caminhoneiros, culminando em um gasto de R$ 41,2 bilhões. Os benefícios, entretanto, acabam em dezembro deste ano.

PROBLEMAS NO SISTEMA
Logo no início da votação do texto, uma série de instabilidades derrubou o site da Câmara, a transmissão no YouTube e a votação no sistema Infoleg (destinado a deputados). Apenas o painel eletrônico de votação, que não tem conexão com a internet, ficou no ar.

Lira afirmou que havia 467 deputados que registraram presença no sistema, mas menos votaram de fato. O presidente da Câmara insinuou que as dificuldades com a rede da Casa não eram apenas técnicas e disse que vai pedir uma investigação à Polícia Federal e ao Ministério da Justiça.

– Vou fazer uma queixa formal à Polícia Federal e ao Ministério da Justiça. Isso é interferir no trabalho (do Legislativo). Não é normal, não é usual que dois links caiam na mesma hora – afirmou Lira, ao relatar problemas com as empresas responsáveis pelos dois servidores.

Ele pediu calma aos deputados e reforçou que era importante que todos os deputados que estão em Brasília viessem à Câmara para votar presencialmente. Após alguns deputados levantarem a possibilidade de fraude na votação, ele esclareceu que não há essa alternativa. Ele ainda respondeu diretamente ao deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), que repetiu um argumento falado pelo deputado Altineu Cortes (PP-RJ), da base governista, que levantou a questão de fraude.

– O que tem de ficar claro é que não há fraude na votação porque todos os deputados estão aqui votando em sua base. Mas não é usual, não é normal, não é compreensível que dois sistemas de internet sejam desligados simultaneamente na Câmara dos Deputados. É isso que vamos investigar – afirmou Lira.

O presidente da Câmara garantiu aos deputados que trabalha para garantir que todos consigam votar. Ele decidiu encerrar a votação em primeiro turno, já que havia consenso em relação à proposta – apenas parlamentares do Novo orientaram contra.

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