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Vieira aciona STF contra do Val, Pacheco e Alcolumbre

Marcos do Val disse em entrevista que pôde indicar R$ 50 milhões em emendas como "gratidão" por ter apoiado Rodrigo Pacheco à presidência do Senado

Gabriel Mansur - 12/07/2022 20h50 | atualizado em 13/07/2022 12h23

Senador Alessandro Vieira Foto: Reprodução

O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), além dos senadores Davi Alcolumbre (UNIÃO-AP) e Marcos do Val (PODEMOS-ES), são acusados de crime de corrupção envolvendo emendas do chamado “orçamento secreto”. A suspeita é do também senador Alessandro Vieira (PSDB-SE), que apresentou uma notícia-crime contra os parlamentares ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (12).

De acordo com o tucano, o senador Marcos do Val afirmou ao jornal Estado de São Paulo que ganhou o direito de indicar R$ 50 milhões em emendas como gratidão por ter apoiado a campanha de Rodrigo Pacheco à Presidência do Senado, em fevereiro de 2021. Na mesma entrevista, Marcos do Val afirmou ter sido informado por Alcolumbre que teria direito aos R$ 50 milhões em emendas como demonstração de gratidão de Pacheco.

Nesta segunda (11), Vieira já havia protocolado representação contra os três parlamentares no Conselho de Ética do Senado por quebra de decoro parlamentar. Depois que a entrevista foi divulgada, Marcos do Val disse ter sido mal interpretado. Ele declarou que não houve negociação de emendas em troca de votos para Pacheco.

O senador disse que, ao usar a palavra “gratidão” na entrevista, quis se referir à possibilidade de assumir a presidência da Comissão de Transparência do Senado, e não ao recebimento de emendas.

As emendas a que Marcos do Val se referiu fazem parte do chamado “orçamento secreto”. Emendas desse gênero são liberadas para parlamentares pelo relator do Orçamento, com base em acertos informais dentro do Congresso. São consideradas por especialistas menos transparentes e mais difíceis de rastrear.

PACHECO VÊ “OPORTUNISMO”
Rodrigo Pacheco disse desconhecer o teor da notícia-crime apresentada por Alessandro Vieira, mas classificou o pedido como “oportunismo político”.

– Tanto a representação feita no Conselho de Ética como qualquer providência dessa natureza eu considero que é fruto de um oportunismo político próprio de período pré-eleitoral. Eu lamento isso – declarou.

O presidente da Casa alega que, desde que assumiu a presidência do Senado, foi criado um mecanismo de cadastramento de usuários “com clareza” das indicações parlamentares.

– Insisto que todo parlamentar que deseje ter acesso ao relator do orçamento pode fazê-lo através de seus ofícios e cadastros, isso é aberto. Então há, sim, essa autonomia em relação àqueles que desejem participar do Orçamento de emendas de relator ou de qualquer outro tipo de emenda – concluiu.

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