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Lindôra Araújo quer Zambelli e Malafaia fora de inquérito

Vice-PGR defendeu junto ao STF a rejeição de pedido da bancada do PSOL

Pleno.News - 09/12/2022 22h03 | atualizado em 12/12/2022 13h38

Lindôra Maria Araújo Foto: Nelson Jr./SCO/STF

A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, defendeu junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) a rejeição de pedido para incluir a deputada Carla Zambelli (PL-SP) e o pastor Silas Malafaia como investigados no inquérito das milícias digitais.

A solicitação contra a parlamentar e o religioso partiu da bancada do PSOL na Câmara, que viu intentona antidemocrática dos aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) em vídeos em que “convocam” as Forças Armadas a não reconhecerem a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas e a promoverem intervenção.

Braço-direto do procurador-geral da República Augusto Aras, Lindôra argumentou que as imputações feitas pelos parlamentares da oposição contra Malafaia e Zambelli “não veiculam elementos concretos e reais de inserção em uma organização criminosa que atenta contra a Democracia e o Estado de Direito” e, assim, não devem ser apuradas no inquérito das milícias digitais.

Os parlamentares do PSOL pediam investigação sobre o vídeo em que Zambelli questiona se os generais das Forças Armadas “vão querer prestar continência a um bandido”no dia 1º de janeiro, data da posse do presidente eleito.

Com relação a Malafaia, os parlamentares do PSOL impugnaram gravação em que o religioso cobra uma reação de Bolsonaro contra decisões do ministro Alexandre de Moraes.

Ao Supremo, a bancada do PSOL na Câmara sustentou que as “intenções de ruptura democrática” são “nítidas” e que as manifestações extrapolam a liberdade de expressão.

No parecer enviado à Corte máxima, na quarta-feira (7), a vice-PGR sustentou que já há um procedimento em tramite na Corte que trata do vídeo em que Zambelli incitou generais a não reconhecerem o governo de Lula. A petição é sigilosa e foi autuada no STF no dia 11 de novembro.

Lindôra ainda argumentou que é “inadmissível a intervenção parlamentar” no inquérito.

– Portanto, dada a ausência de legitimidade processual dos parlamentares peticionantes, a falta de conexão das notícias-crimes com o objeto da presente apuração e, no caso das autoridades com prerrogativa de foro, a existência de outros procedimentos acerca dos mesmos fatos relatados, cumpre seja negado seguimento às petições incidentais, com o consequente desentranhamento dos autos – argumentou.

O pedido de arquivamento feito pela vice-PGR também abarca um pedido do deputado Marcelo Calero para que fosse aberta investigação em face do ministro do Tribunal de Contas da União João Augusto Ribeiro Nardes em razão de áudio atribuído ao magistrado com “declarações incompatíveis com o Estado Democrático de Direito”.

Assim como no caso de Zambelli, Lindôra sustentou que já há uma petição em tramite no Supremo que versa sobre os mesmos fatos. O pedido de investigação em questão partiu do senador Randolfe Rodrigues e foi apresentado no bojo do inquérito das milícias digitais. A Procuradoria-Geral da República pediu a redistribuição do caso ao ministro André Mendonça, sob a alegação de que não há “elementos concretos de conexão” para que a solicitação fosse apresentada no âmbito da apuração sobre ataques aos ministros do STF.

*AE

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