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Vereadora do PSOL afirma que traficantes são “trabalhadores”

Parlamentar defendeu que as drogas são uma mercadoria como o açúcar e o café

Paulo Moura - 01/11/2025 13h51 | atualizado em 06/11/2025 18h51

Vereadora Karen Santos Foto: Reprodução/YouTube TV Câmara Porto Alegre

Durante sessão da Câmara Municipal de Porto Alegre (RS) na última quarta-feira (29), a vereadora Karen Santos (PSOL) fez uma declaração polêmica ao afirmar que pessoas que atuam no tráfico de drogas são “trabalhadores”, comparando os entorpecentes a outras mercadorias legalizadas. A fala foi proferida no contexto de um discurso crítico à megaoperação realizada no Rio de Janeiro na última terça (28).

– Droga é uma mercadoria como qualquer outra, assim como a gente tem o álcool que é legalizado, assim como a gente tem o cigarro que é legalizado, assim como a gente tem o açúcar, o café e outros medicamentos tarja preta – declarou a parlamentar.

 

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Karen argumentou que a proibição das drogas favorece o lucro de grandes esquemas de lavagem de dinheiro e produz, o que ela classificou como, “trabalhadores megaexplorados” na cadeia de produção do tráfico de entorpecentes.

– É muito interessante para o capitalismo superexplorar essa cadeia produtiva das pessoas que plantam, das pessoas que embalam, das pessoas que fazem o translado até chegar no varejo, lá na ponta, na biqueira, que são trabalhadores megaexplorados, sem seus direitos garantidos – disse.

A vereadora alegou ainda que o setor movimenta valores bilionários por causa da falta de tributação e controle, e afirmou que o dinheiro oriundo do tráfico é lavado em grandes centros financeiros.

– A gente não percebe que o rendimento bilionário desse setor é porque em nenhuma parte dessa cadeia produtiva há qualquer tipo de taxação de imposto, e é esse dinheiro que é lavado depois na Avenida Faria Lima, na megaoperação que nós anunciamos no mês passado, em São Paulo. Só não enxerga quem não quer ver – afirmou.

Karen finalizou criticando setores da direita pela repercussão da megaoperação do Rio de Janeiro, dizendo que o tema tem sido usado para promover “o ódio ao setor mais discriminado da sociedade”.

– Então, assim, vamos parar com o rebaixamento da discussão política. O papel do parlamentar é elevar o senso comum da nossa população, não discutir problemas complexos de forma rasa, incentivando estigmas racistas e elitistas – finalizou.

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