Vereador critica suspensão de show gospel no Réveillon
Alexandre Isquierdo disse que a sentença é sinal de perseguição religiosa
Paulo Moura - 21/12/2019 13h02 | atualizado em 21/12/2019 13h04

O vereador do Rio de Janeiro, Alexandre Isquierdo (DEM), criticou a decisão da juíza Ana Cecília Argueso, da 5ª Vara da Fazenda Pública, de suspender o show da cantora gospel Anyle Sullivan, que estava previsto para a festa de Réveillon em Copacabana, Zona Sul da capital fluminense, no próximo dia 31. Para o vereador, a decisão é um sinal de preconceito.
– O nome verdadeiro para essa proibição é preconceito contra os evangélicos. A decisão é uma clara ofensa a nós evangélicos – disse.
Isquierdo utilizou como comparação as partes de um samba-enredo da Mangueira e de uma música do cantor Diogo Nogueira, cujas letras usam termos da umbanda e candomblé, que não sofreram quaisquer sanções judiciais.
– Esses cantos não são religiosos? Claro que são. Eu respeito a religião de todos, [mas] se a juíza proíbe a apresentação de qualquer artista religioso, ela também tem que proibir desses artistas – defendeu.
O parlamentar também classificou como vergonha a sentença dada pela juíza. E disse que os evangélicos não vão aceitar o que ele chamou de “perseguição religiosa”.
– Pagamos impostos, somos cidadãos com direitos e deveres. E qual é o problema, uma cantora evangélica se apresentar no Réveillon de Copacabana? Isso é preconceito e nós não vamos aceitar essa perseguição religiosa – completou.
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