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Van Hattem rebate Amôedo sobre a prisão de Daniel Silveira

Deputado do Novo criticou defendeu a liberdade do colega da Câmara dos Deputados

Henrique Gimenes - 21/02/2021 20h04 | atualizado em 22/02/2021 10h33

Deputado Marcel van Hattem, do Novo Foto: Câmara dos Deputados/Michel Jesus

O deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) rebateu as declarações feitas por um dos fundadores de seu partido, João Amôedo, a respeito da prisão do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ). Em suas redes sociais, o parlamentar discordou do posicionamento e afirmou que defende “princípios liberais e a Constituição”.

A declaração foi feita após Amôedo criticar o voto da bancada do Novo, que defendeu a liberdade de Silveira. O fundador do partido disse estar decepcionado com o fato de a sigla não ser oposição ao governo Jair Bolsonaro.

– Como filiado do NOVO, discordo do voto da bancada que foi contra a manutenção da prisão do deputado bolsonarista. É decepcionante também que o partido não seja oposição ao desgoverno que temos hoje. Não era esse o papel que imaginávamos para o NOVO quando da sua fundação – escreveu Amôedo.

Van Hattem, no entanto, rebateu a declaração e disse que o partido tem “valores”.

– Pena que discorda! Mas prova que o Partido Novo não tem dono, mas valores! Defender princípios liberais e a Constituição, mesmo que 1 dos 181 fundadores não os defenda mais, dá ORGULHO da bancada do Novo na Câmara. Nem fanáticos a favor, nem fanáticos contra; somos independentes – escreveu van Hattem.

Daniel Silveira foi preso na madrugada de quarta-feira (17) por ordem do ministro Alexandre de Moraes, horas depois de ter postado um vídeo com críticas aos ministros do STF. A prisão foi confirmada na quarta, por unanimidade, pelo plenário do Supremo.

Na tarde desta quinta-feira (18), um juiz do gabinete de Moraes realizou a chamada audiência de custódia, para checar a regularidade da prisão.

Na ordem de prisão, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, afirmou que a conduta de Daniel Silveira se enquadra em artigos da lei de Segurança Nacional e que o flagrante está configurado porque a permanência do vídeo na internet primou, “de maneira clara e evidente, pela perpetuação dos delitos”.

Entretanto, a Constituição diz que deputados federais só podem ser presos em flagrante por crime inafiançável. Na decisão que determinou a prisão de Daniel Silveira, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que a conduta do deputado se enquadra nesses requisitos, apesar de diversos especialistas, como o jurista Ives Gandra, manifestarem-se contra a decisão de Moraes.

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