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Ucrânia pede reunião com Lula após críticas a Zelensky

Petista disse que presidente da Ucrânia "quis a guerra" e se porta como o "rei da cocada"

Thamirys Andrade - 05/05/2022 10h30 | atualizado em 05/05/2022 15h40

Ex-presidente Lula Foto: Lula/Ricardo Stuckert

A Embaixada da Ucrânia no Brasil solicitou, nesta quarta-feira (4), uma audiência com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após o petista criticar o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky em entrevista à revista Time. Segundo o órgão, Lula está “mal-informado” sobre a guerra no leste europeu.

– Em conexão com as palavras do ex-Presidente da República Federativa do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva em entrevista à revista norte-americana Time sobre o Presidente da Ucrânia Senhor Volodymyr Zelenskyy, a Embaixada da Ucrânia tem motivos para acreditar que o senhor Luiz Inácio Lula da Silva está mal-informado sobre os motivos da guerra da Rússia contra a Ucrânia. A Embaixada planeja solicitar formalmente uma audiência do estimado ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva com o encarregado de Negócios da Ucrânia no Brasil Senhor Anatoliy Tkach para esclarecer a posição da Ucrânia – diz a nota da entidade.

Entre as falas polêmicas de Lula sobre Zelesnky, está que o chefe de Estado tem interesse na guerra e é “tão responsável” pelo conflito “quanto Putin”. O confronto, iniciado em fevereiro deste ano, já tirou a vida de mais de 3 mil civis ucranianos.

– Ele [Zelensky] quis a guerra. Se ele [não] quisesse a guerra, ele teria negociado um pouco mais. É assim. Eu fiz uma crítica ao Putin quando estava na Cidade do México, dizendo que foi errado invadir. Mas eu acho que ninguém está procurando contribuir para ter paz. As pessoas estão estimulando o ódio contra o Putin. Isso não vai resolver! É preciso estimular um acordo. Mas há um estímulo [ao confronto]! – disse.

Na avaliação de Lula, Zelensky parece fazer parte de um “espetáculo” e se acha o “rei da cocada”. O ex-presidente acredita que o líder da Ucrânia não tem se dedicado adequadamente às negociações.

– O comportamento dele é um comportamento um pouco esquisito, porque parece que ele faz parte de um espetáculo. Ou seja, ele aparece na televisão de manhã, de tarde, de noite, aparece no parlamento inglês, no parlamento alemão, no parlamento francês como se estivesse fazendo uma campanha. Era preciso que ele estivesse mais preocupado com a mesa de negociação. (…) Você fica estimulando o cara [Zelensky], e ele fica se achando o máximo. Ele fica se achando o rei da cocada, quando na verdade deveriam ter tido uma conversa mais séria com ele: “Ô, cara, você é um bom artista, você é um bom comediante, mas não vamos fazer uma guerra para você aparecer”. E dizer para o Putin: “Ô, Putin, você tem muita arma, mas não precisa utilizar arma contra a Ucrânia. Vamos conversar!” – opinou.

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