TSE proíbe Brasil Paralelo de vincular Lula a corrupção
Magistrados consideraram que se trata de “desordem informacional”
Monique Mello - 13/10/2022 13h03 | atualizado em 13/10/2022 14h01
Nesta quinta-feira (13), o plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ordenou que a produtora Brasil Paralelo retire do ar materiais que vinculam Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a esquemas de corrupção. O placar do julgamento foi 4 a 3, sendo o ministro Alexandre de Moraes, presidente da Corte, responsável pelo desempate. A multa prevista é de R$10 mil.
De acordo com Moraes, o conteúdo “é a manipulação de algumas premissas verdadeiras, onde se junta várias informações verdadeiras, que ocorreram, e [que] traz uma conclusão falsa, uma manipulação de premissas”.
O ministro Paulo de Tarso Sanseverino, relator do caso, havia negado o pedido da coligação de Lula, sendo seguido pelos ministros Sergio Banhos e Carlos Horbach. Ricardo Lewandowski, por sua vez, foi quem abriu divergência e foi acompanhado pelos ministros Benedito Gonçalves, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes.
– A matéria atribui ao candidato Lula uma série de escândalos de corrupção que jamais foram judicialmente imputados a ele e a respeito dos quais nunca teve a oportunidade de exercer sua defesa. Considero grave a desordem informacional – disse Lewandowski.
A Brasil Paralelo já reagiu à decisão e fixou em seu perfil no Twitter um corte de vídeo intitulado Relembre os esquemas do governo Lula, que faz parte de uma das séries produzidas pelo grupo, o Teatro das Tesouras.
– O estagiário vai realizar um sonho antigo: dizer “assista antes que apaguem.” – ironizou a produtora.
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