TSE pede a Moraes provas de inquéritos contra Bolsonaro
Ministro já autorizou o envio do material para subsidiar ações pela cassação da chapa Bolsonaro-Mourão
Pleno.News - 26/10/2021 12h46 | atualizado em 26/10/2021 13h08
O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Luis Felipe Salomão, corregedor-geral da Justiça Eleitoral, pediu o compartilhamento das provas colhidas nos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos que atingiram a base do presidente Jair Bolsonaro, com a investigação aberta em agosto para apurar as críticas do chefe do Executivo ao sistema eletrônico de votação.
O pedido foi encaminhado nesta segunda-feira (25) ao ministro Alexandre de Moraes, relator dos inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF), que já autorizou o envio do material para subsidiar ações eleitorais que pedem a cassação da chapa Bolsonaro-Mourão, previstas para serem julgadas na tarde desta terça-feira (26).
As provas solicitadas vão ser usadas para aprofundar linhas de investigação que miram a preparação e a realização de manifestações no feriado do 7 de setembro, transmissões ao vivo contra as urnas eletrônicas e possível propaganda política antecipada. Salomão avalia que a apuração em curso no TSE pode gerar futuras ações eleitorais relacionadas ao pleito de 2022.
Foi dentro do inquérito na Corte Eleitoral que o ministro determinou a suspensão do repasse de valores a título de monetização a canais e perfis apoiadores de Bolsonaro no YouTube, Facebook, Instagram, Twitter, TwitchTV e GETTR.
A investigação foi uma das reações mais duras do Judiciário contra as suspeitas levantadas pelo presidente sobre a segurança das urnas. O inquérito administrativo foi instaurado depois que Bolsonaro organizou uma transmissão ao vivo pelas redes sociais e usou a estrutura do Palácio da Alvorada e da TV Brasil para exibir vídeos contra o sistema de votação.
Ao abrir a apuração, Salomão viu indícios de abuso de poder econômico e político, uso indevido dos meios de comunicação social, corrupção, fraude, condutas vedadas a agentes públicos e propaganda extemporânea. O ministro deixa o tribunal nesta semana e será substituído pelo colega Mauro Campbell na Corregedoria e na relatoria da investigação que atinge o presidente.
*Com informações da AE
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