TSE: Chapa Dilma-Temer era “situação distinta”, diz relator
Ministro Benedito Gonçalves foi nomeado por Lula para o STJ em 2008
Marcos Melo - 27/06/2023 21h03 | atualizado em 28/06/2023 10h41
Nesta terça-feira (27), na segunda sessão sobre a ação que pode tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Benedito Gonçalves, relator do caso, afirmou que o julgamento da chapa Dilma-Temer, em junho de 2017, “são duas situações distintas”.
A declaração consta no momento em que o magistrado discorreu sobre a inclusão das informações sobre os atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro e da minuta que seria uma trama para um golpe.
A defesa de Bolsonaro pediu que excluísse do processo essa minuta apreendida pela Polícia Federal na casa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, já que não constava no pedido inicial e teria sido enxertada para dar corpo à ação.
Bolsonaro declarou neste sábado (24), em entrevista à CNN Brasil, que a inclusão de novas acusações apenas cumpriam a finalidade de “dar alguma credibilidade e materialidade à ação”.
– Lá [na ação contra a chapa Dilma-Temer], tentaram enxertar outras acusações. O TSE tirou fora. Agora, tentam fazer a mesma coisa comigo – disse o líder conservador.
O pedido da defesa do ex-presidente foi indeferido pelo ministro relator, que manteve as acusações adicionais. Benedito Gonçalves foi nomeado para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) em 2008.
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